As autoridades italianas desencadearam uma mega-operação anti-máfia no sul do país. Foram confiscados bens no valor de 220 milhões de dólares (cerca de 160 milhões de euros) a duas famílias consideradas rivais mafiosas, escreve a BBC.
As buscas decorreram no âmbito das investigações iniciadas em Agosto, depois do assassínio de seis pessoas na Alemanha, alegadamente relacionadas com a máfia calabresa, a `Ndrangheta.
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Lojas, empresas, casas, automóveis e contas bancárias dos clãs rivais Nirta-Strangio e Pelle-Vottari foram alvo de buscas na Calábria, região do sul, mas tambem na Lombardia, no norte de Itália.
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Em Agosto do ano passado, seis pessoas foram mortas a tiro numa pizzaria na Alemanha. 30 pessoas foram presas no noroeste da cidade de Duisburg. Várias contas bancárias foram congeladas.
Os ataques deram-se duas semanas depois da polícia italiana prender o alegado chefe da `Ndrangheta na Calábria, Pasquale Condello, de 57 anos.
Laços familiares
Apesar da apreensão dos 220 milhões de dólares parecer bem sucedida, é uma pequena mudança em comparação com os lucros do grupo.
A `Ndrangheta tem um controlo quase «exclusivo» sobre as importações de cocaína da Colômbia, com vendas anuais estimadas em 50 mil milhões de dólares (cerca de 36 mil milhões de euros).
Na semana passada, um relatório parlamentar referiu que as suas operações expandem-se de Itália para a maior parte da Europa, Estados Unidos, Argentina e Austrália.
A `Ndrangheta tornou-se uma ameaça muito maior do que a «Cosa Nostra» e o que define este grupo é a sua estrutura. Assenta em estreitos laços familiares, o que significa que é menos vulnerável a «vira-casacas». É tão bem organizado que é considerada uma das mais fortes e perigosas máfias em todo o mundo.
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