O ex-presidente egípcio, Hosni Mubarak, que deixou o poder a 11 de Fevereiro, na sequência de um levantamento popular, poderá enfrentar a pena de morte, caso seja considerado responsável pela ordem mandar matar manifestantes.
De acordo com a CNN, esta possibilidade foi avançada pelo ministro da Justiça egípcio, Mohamed Abdelaziz al-Juindy, numa entrevista televisiva.
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«Uma das acusações que ele enfrenta é a cumplicidade na morte de mártires e de ter dado ordem para mortes premeditadas dessas pessoas», disse o governante, apontando que «esta é uma acusação com uma punição severa, a pena de morte».
«Se este crime for provado, o tribunal não irá hesitar em usar a pena de morte», garantiu. «Não há qualquer argumento para a clemência».
O ministro descreveu ainda como «um crime horrível matar 800 cidadãos que exigiam os seus direitos e queriam derrubar um regime corrupto que causou a ruína do Egipto».
Mubarak deixou o poder no passado dia 11 de Fevereiro, após intensos protestos e três décadas à frente dos destinos no país.
O ex-presidente foi para a estância turística de Sharm el-Sheikh depois de ter saído da presidência. Além dos crimes que podem levá-lo a sofrer a pena capital, é ainda acusado de corrupção e peculato.
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