Há cerca de um mês, Marina Silva chegou a estar em empate técnico com Dilma Rousseff, que neste domingo foi a candidata mais votada nas eleições presidenciais brasileiras, seguida por Aécio Neves. Ela era a surpresa das eleições presidenciais, mas acabou por sair derrotada
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É a segunda vez que Marina Silva fica em terceiro lugar nas presidenciais. Em 2009, muitos elogiaram a força e determinação que a levaram do seringal à política - primeiro o Parlamento, depois o ministério do Meio Ambiente, a seguir o Palácio do Planalto. A última etapa voltou a falhar. Em 2009 obteve 20% dos votos.
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A seguir, Dilma e Marina pareciam empatadas, uma aparente luta no feminino. Uma sondagem do Datafolha, publicada a 11 de setembro, atribuía 36% das intenções de voto à presidente brasileira e 33% à candidata do PSB, que caía 1% face à anterior sondagem. Foi a primeira quebra negativa entre as duas mulheres em luta pela presidência do Brasil. A partir daí, Marina Silva esteve sempre a resvalar ao ponto da última sondagem do Datafolha, publicada na véspera das eleições, confirmar a ultrapassagem de Aécio Neves para o segundo lugar do pódio.
Os dados do Instituto Ibope também seguiram uma curva muito semelhante de intenções de voto nos três principais candidatos. Marina Silva parece derrapar só na reta final da campanha.
No Brasil, as primeiras reações a este revés culpabilizam as empresas de sondagens pelas indicações tão díspares da realidade que foram dando à opinião pública. Ou seja, tudo não passou de uma enorme ilusão. Para Ricardo Noblat, comentador político do jornal «O Globo», «mais uma vez os institutos de pesquisa fracassaram, se não em todos os estados, ou na maioria deles, em alguns estados muito importantes». Foi isso?
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