As urnas fecharam na Grécia e o dia 25 de janeiro ficará na História. O país virou à esquerda. As últimas projeções oficiais estão muito em linha com as sondagens à boca das urnas, dando uma clara vitória ao Syriza, com 36,34%, apurados 100% dos votos. Alexis Tsipras esteve quase a conseguir a maioria absoluta. Este resultado dá-lhe 149 deputados garantidos. Precisaria de 151 para esse feito. A Nova Democracia, do atual primeiro-ministro Antonis Samaras, ficou-se pelos 27,81%.
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A primeira reação do partido vencedor foi no Twitter, com a seguinte mensagem, em letras coloridas: «A esperança ganhou!».
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Da euforia à desilusão
Já a Nova Democracia, do primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, ficou em segundo lugar, com 27,81%.
O porta-voz do ministro da Saúde, Makis Voridis, foi o primeiro elemento do Governo a reconhecer a derrota. «Perdemos», admitiu a uma televisão privada do país.
Samaras reconheceu o mesmo, quando já tinham sido apurados metade dos votos. Entregará a pasta «de consciência tranquila». Deixou alguns avisos a Tsipras e pediu diálogo.
As imagens do desânimo na sede do partido falam por si:
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Em terceiro, surge a Aurora Dourada (6,29%) . Logo a seguir, o To Potami (6,04%).
O Partido Comunista Grego terá 5,5%. O Pasok, ex-aliado da Nova Democracia, 4,73% e os Gregos Independentes (4,66%).
O partido do ex-primeiro-ministro Papandreou, o recém criado Movimento para a Mudança, corre o risco de ficar fora do Parlamento, uma vez que ainda não garantiu o mínimo de 3% exigido para assegurar um lugar no Parlamento.
A Europa está de olhos postos em Atenas, uma vez que estas eleições legislativas podem mudar o rumo da Europa contra a austeridade. Em Portugal, os partidos de esquerda já reagiram à vitória do Syriza. O PCP congratulou a «vontade de mudança» e o Bloco de Esquerda lembrou que o partido vencedor é seu «irmão», acompanhando o slogan de campanha: «A esperança está a caminho. A esperança está aqui».
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Já o PSD espera que os gregos continuem num «caminho comum». O CDS-PP preferiu destacar que a situação da Grécia é diferente de Portugal.
Recorde-se que nas últimas eleições, em 2012, as sondagens à boca das urnas falharam redondamente.
Enquanto os votos decorriam, estavam a ser divulgadas sondagens oficiosas que davam já a vitória ao Syriza. A Nova Democracia reagiu, emitindo um comunicado a apelar a uma investigação policial a essas sondagens, por terem sido divulgadas na Internet enquanto ainda se podia votar.
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