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Colômbia: «É questão dos países afectados»

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Governo espanhol não se quer envolver, mas diz-se preparado para mediar conflito das FARC

O governo espanhol considerou esta segunda-feira que o conflito entre a Colômbia, Equador e Venezuela, criado na sequência de uma incursão de tropas colombianas em território equatoriano, é uma questão que concerne aos países afectados.

Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) espanhol disse à Lusa que Madrid se mantém optimista sobre a resolução da actual crise, recordando que Espanha continua preparada para mediar no conflito das FARC.

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Além desse comentário, a fonte do MNE escusou-se a avaliar a situação no terreno, que explicou estar a ser acompanhada, afirmando não ter conhecimento de qualquer recomendação especial das embaixadas espanholas na região.

Houve já, no entanto, contactos com todas as partes para sublinhar a vontade de uma resolução «pacífica» da actual tensão.

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Entretanto, fontes da presidência do governo espanhol confirmaram que o presidente equatoriano, Rafael Correa, contactou telefonicamente o primeiro-ministro espanhol, José Luís Rodríguez Zapatero, para o informar da acção do exército colombiano.

O telefonema foi feito cerca das 22:00 da noite de domingo, precisaram as fontes, que se escusaram a avançar pormenores sobre a conversa, excepto para explicar que ambos manifestaram «preocupação pela situação».

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Correa afirmou num discurso à nação, no domingo, ter mantido contactos com vários dirigentes da América Latina e com o primeiro-ministro espanhol para «partilhar com eles a gravidade da situação».

Questionada pela Lusa, a fonte do MNE escusou-se a comentar críticas do PP relativamente à venda de armas a Caracas.

«Uma verdadeira imprudência»

O Partido Popular (PP) espanhol considerou que o conflito entre a Colômbia, o Equador e a Venezuela, demonstra que a venda de armas espanholas a Caracas foi «uma verdadeira imprudência».

Gustavo de Aristegui, porta-voz do PP para Negócios Estrangeiros, falava à rádio Onda Cero na sequência da morte do número dois das FARC, Raul Reyes, durante a operação do exército colombiano em território equatoriano.

«Um governo democrático como o de Espanha vendeu armamento à Venezuela», recordou Aristegui.

«Dissémos na altura que numa zona tão quente, onde os ânimos estavam tão exaltados, vender armas a uma personagem em deriva totalitária como Chávez era uma verdadeira imprudência e que poderia significar a ruptura do frágil equilíbrio geoestratégico e geopolítico da região», afirmou.

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