«Por favor, salvem a vida de Kenji». Foi este o apelo que a mãe do jornalista japonês sequestrado pelo Estado Islâmico (EI) fez ao Governo do Japão.
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Foi em lágrimas, em direto na televisão japonesa, que a mãe de Kenji Goto fez um apelo ao Estado Islâmico para que poupem a vida do filho.
«O meu filho não é inimigo do Estado Islâmico», afirmou Junko Ishido, de 76 anos, na NHK e citada pelo «Independent».
«Eu dava a minha vida em troca da libertação do meu filho. Seria um pequeno sacrifício da minha parte», acrescentou.
Kenji Goto, jornalista, de 47 anos, terá ido para a Síria aparentemente em busca de um amigo, Haruna Yukawa, quando foi raptado pelos jihadistas. É casado e tem um filho bebé.
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Cumpre-se esta sexta-feira o prazo de 72 horas imposto pelo EI ao Governo do Japão para pagar 200 milhões de dólares (172 milhões de euros) em troca das vidas de Kenj Goto e do empresário Haruna Yukawa.
O pedido de resgate foi feito à mulher do jornalista raptado. As sucessivas mensagens que recebeu dos jihadistas tinham como objetivo chegar ao governo nipónico.
Nesta corrida contra o tempo, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, garantiu que o seu Governo estava a fazer todos os esforços e a recorrer a todos os meios diplomáticos possíveis para salvar os dois homens – Abe falou ao telefone com David Cameron, por exemplo -, mas frisou que «jamais cederemos à chantagem de terroristas».
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Expirado o prazo de 72 horas, a NHK – televisão nipónica – refere que o Estado Islâmico deve emitir um comunicado sobre a situação dos dois reféns japoneses brevemente. A NHK questionou um porta-voz do grupo terrorista na Internet sobre as negociações com o governo de Tóqui e que este lhe disse que essa não era uma boa questão.
O chefe de Gabinete do governo, Yoshihide Suga, não quis comentar à NHK esta declaração do Estado Islâmico, mas referiu à Reuters que o Japão não recebeu qualquer mensagem do Estado Islâmico. Disse apenas que a situação dos reféns permanece grave, mas sem dar detalhes, acrescentando que o governo do Japão ainda faz esforços para conseguir a libertação dos japoneses.
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