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Obama avisa: ação militar na Ucrânia «terá custos»

Presidente dos EUA já veio dizer que qualquer violação da soberania ucraniana é «profundamente desestabilizadora» e diz-se «extremamente preocupado»

Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos da América, afirmou esta sexta-feira que está «extremamente preocupado» com os relatórios de movimentos das tropas russas dentro de território ucraniano e advertiu que haverá custos para uma violação da sua soberania.

Obama reconheceu que a Rússia tem interesses e laços culturais e económicos com a Ucrânia, na sequência da expulsão do Governo pró-Moscovo de Kiev, mas deixa o aviso: «Estamos agora profundamente preocupados com os relatos de manobras militares efetuadas pela Federação Russa dentro da Ucrânia», sublinhou.

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O Presidente norte-americano acrescentou que os EUA «vão estar ao lado da comunidade internacional a afirmar que vão haver sanções para qualquer intervenção militar na Ucrânia». Garantiu ainda que os Estados Unidos vão continuar a coordenar operações com os aliados europeus e que vão comunicar diretamente com o Governo russo.

O chefe de Estado salientou também que uma intervenção militar russa «representaria uma profunda ingerência em assuntos que devem ser decididos pelo povo ucraniano».

Não disse, no entanto, se os Estados Unidos têm informação confidencial sobre a veracidade de notícias, que citam um alto responsável ucraniano, e segundo a qual dois mil militares aterraram na Crimeia esta noite.

Na notícia pode ler-se: «Estamos hoje [sexta-feira] a assistir a uma invasão armada russa (...). O espaço aéreo [da Crimeia] está encerrado devido ao grande número de aterragens de aviões e helicópteros russos», declarou o representante do Presidente ucraniano na Crimeia, Serguii Kunitsyn, à estação televisiva ART.

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O Presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turchinov, pediu esta sexta-feira ao chefe de Estado russo, Vladimir Putin, para que ponha fim à «agressão ostensiva» de tropas russas, noticia a AFP. Deixou ainda um apelo: «Parem de nos provocar».

«Dirijo-me pessoalmente ao Presidente Putin, para lhe pedir o fim imediato da sua agressão ostensiva e retirar os seus militares da Crimeia».

O apelo de Oleksandr Turchinov surge no mesmo dia em que um alto responsável de Kiev denunciou uma «invasão armada» da Crimeia por mais de dois mil soldados russos aerotransportados em Simferopol, capital da república autónoma do sul da Ucrânia.

A Ucrânia denunciou também esta sexta-feira a violação do espaço aéreo pela Rússia. «Numa nota transmitida à Rússia o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano protestou contra a violação do espaço aéreo ucraniano (...) e pediu o regresso imediato dos militares e dos seus veículos às respetivas bases», refere o comunicado que denuncia o desrespeito pelo acordo concluído em 1997 entre Kiev e Moscovo.

O presidente russo quebrou esta sexta-feira o silêncio sobre a situação no país vizinho, para apelar ao fim da violência na Ucrânia.

Vladimir Putin conversou ao telefone com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, indicaram fontes do Kremlin, citadas pela AFP.

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