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UE: Mugabe será «confrontado» em Lisboa

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Os 27 vão confrontar o presidente do Zimbabué com a falta de democracia e desrespeito pelos direitos humanos

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 decidiram esta segunda-feira, em Bruxelas, confrontar o presidente do Zimbabué com a falta de democracia e desrespeito pelos direitos humanos no país quando se deslocar a Lisboa para assistir à Cimeira UE-África, avança a agência Lusa.

A presidência portuguesa da UE, que organiza a reunião magna entre os líderes dos dois continentes a 08 e 09 de Dezembro, assegurou que irá promover um debate entre os chefes de Estado e de Governo para que Robert Mugabe receba uma mensagem «dura e clara» sobre as críticas dos europeus.

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O chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, referiu o desagrado da presidência em receber em Lisboa o presidente do Zimbabué, mas justificou com a necessidade de serem enviados convites a todos os países envolvidos na Cimeira, segundo fonte diplomática.

Uma outra fonte europeia mencionou que nenhum país manifestou a intenção já expressa pelo Reino Unido de boicotar a reunião de Lisboa devido à presença de Mugabe, tendo os ministros colocado o acento tónico na necessidade de o confrontar com os atropelos no Zimbabué à democracia e direitos humanos.

O mesmo diplomata apontou o Reino Unido, a Holanda e a Suécia como os Estados-membros mais críticos em relação à presença na Cimeira UE-África do dirigente do Zimbabué.

A presença de Mugabe «não deve eclipsar a cimeira», disse na reunião dos 27 o secretário de Estado para os Assuntos Europeus britânico, Jim Murphy, citado por várias fontes.

Londres voltou a pedir aos europeus para destacarem um enviado especial que iria ao Zimbabué a tempo de apresentar um relatório sobre a situação no país aos chefes de Estado e de Governo europeus e africanos reunidos em Lisboa.

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Por seu lado, o responsável governamental da Holanda sublinhou que a presença de Mugabe é «indesejável» mas que lhe deve ser dito, na sessão plenária da cimeira, que é «lamentável» a sua acção em termos de direitos humanos.

Finalmente, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Suécia, Carl Bildt, realçou a importância do presidente do Zimbabué estar presente na sala quando o caso do seu país for discutido em Lisboa.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros, da Defesa e da Cooperação dos 27 preparam hoje, em Bruxelas, a recta final da presidência portuguesa da União Europeia, em que as relações com África assumem o lugar central.

Os responsáveis europeus passaram em revista a preparação da Cimeira UE-África, de 08 e 09 de Dezembro, para a qual foram convidados 80 chefes de Estado e de Governo dos dois continentes.

Os meios de comunicação social têm dado destaque ao boicote à reunião do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, devido à esperada participação de Robert Mugabe, acusado de atropelos aos direitos humanos no país.

A presidência portuguesa sublinhou as medidas que serão aprovadas nesse encontro de líderes dos dois continentes, nomeadamente a Parceria Estratégia UE-África e o primeiro Plano de Acção (2008-2010) que já foram negociados em reuniões preparatórias com a presidência portuguesa da UE.

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