O diretor da Europol – polícia europeia – disse esta terça-feira no parlamento britânico que há milhares de cidadãos da União Europeia que se juntaram aos fundamentalistas islâmicos, fazendo com que neste momento o continente viva a maior ameaça terrorista desde o 11 de Setembro.
«Estamos a falar de um número entre três mil e cinco mil nacionais [de países] da União Europeia», disse Rob Wainwright.
Já em setembro de 2014, o chefe do organismo europeu contra o terrorismo, Gilles de Kerchove, tinha avançado com uma estimativa de três mil cidadãos europeus que se tinham juntado ao fundamentalistas islâmicos na Síria e no Iraque. E, desses, 30 por cento tinham regressado aos países de origem.
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Na base de dados da Europol constam 2500 pessoas suspeitas. «Esta é certamente a ameaça terrorista que a Europa enfrenta desde o 11 de Setembro», disse Wainwright, como cita a Reuters.
Wainwright chamou ainda a atenção para o papel determinante da Internet, usada «de uma forma muito mais agressiva, muito mais imaginativa».
Com a Europa em alerta depois dos ataques em Paris, David Cameron já anunciou que vai dotar os serviços de inteligência de meios técnicos mais sofisticados.
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