O presidente cubano Raul Castro chegou esta quarta-feira à capital russa, onde permanecerá durante seis dias, na mais longa visita de um dirigente estrangeiro à Rússia e que já foi considerada «histórica».
O dirigente cubano chegou a Moscovo às 15:00 locais (12:00 TMG e Lisboa).
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Raul Castro visitou a última vez a Rússia em 1985, para participar no funeral de Konstantin Tchernenko, secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética. O seu irmão, Fidel Castro, esteve em 1986 em Moscovo, no XVII Congresso desse mesmo partido.
A desintegração da URSS e as reformas de mercado na Rússia provocaram, nos finais do século passado, um distanciamento entre Moscovo e Havana, que mantiveram fortes laços desde a década de 1960. Nos últimos anos, Vladimir Putin e Dmitri Medvedev têm realizado um processo de reaproximação a Cuba, enquadrado na política de «regresso à América Latina».
Ambas as partes consideram esta visita de Raul Castro «histórica». Igor Setchin, vice-primeiro-ministro russo, considera Cuba «um dos líderes regionais», sublinhando o facto de «essa ilha ter conseguido superar o embargo norte-americano».
«As condições históricas mudaram», acrescentou.
Juan Valdés Figueroa, embaixador cubano em Moscovo, sublinhou também que se trata de um «acontecimento histórico» e significará um salto nas relações bilaterais.
Actualmente, o intercâmbio comercial anual entre Cuba e Rússia é de cerca de 400 milhões de dólares. A ilha das Caraíbas representa apenas 0,5 por cento do comércio externo russo. O açúcar, citrinos, níquel e cobalto são as principais mercadorias da exportação cubana para a Rússia. Havana, pelo seu lado, recebe maquinaria, metais e produtos químicos.
Os dirigentes dos dois países não escondem que a cooperação militar ocupará um lugar de relevo durante a visita de Raul Castro.
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