A Ucrânia lançou uma ofensiva para expulsar os separatistas pró-russos que ocuparam vários edifícios estatais no Leste do país e o gabinete do presidente em exercício, Oleksander Turchinov, anunciou já que foi recuperado o aeródromo de Kramatorsk.
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A Reuters cita testemunhas que relatam troca de tiros na base aérea de Kramatorsk, mas a agência russa RIA fala já em quatro manifestantes mortos.
As autoridades ucranianas revelaram também que está em curso uma ofensiva noutro ponto, a cidade de Slaviansk.
As ações no terreno acontecem pouco depois de Turchynov ter anunciado no Parlamento o lançamento de uma «operação antiterrorista», conduzida «etapa a etapa, de forma responsável».
Entretanto, a Rússia já reagiu à operação e diz-se preocupada com os relatos de «mortos» no leste do país.
«Os relatos que estamos a receber geram preocupações sérias. Ao que parece, os eventos estão a começar a evoluir para o pior cenário possível», disse Konstantin Dolgov, o representante dos direitos humanos do ministério dos negócios estrangeiros da Rússia, segundo a agência RIA.
A Rússia também afirmou que condena o relatório das Nações Unidas que afirma que os manifestantes pró-russos afirmaram estar sobre ataque do governo de Kiev para justificar uma intervenção russa.
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O ministro dos negócios estrangeiros apelidou o relatório de «parcial, politizado e pouco objetivo».
A crise na Ucrânia foi motivo de conversa telefónica na segunda-feira entre Barack Obama, presidente dos EUA, e Vladimir Putin, líder russo. Obama pediu a Putin que usasse a sua influência para levar os separatistas a abandonar as posições ocupadas, o presidente russo diz ter dado garantias de não ingerência no leste da Ucrânia.
Novas declarações da Casa Branca, feitas esta terça-feira, reafirmam que os EUA não têm intenção de intervir militarmente na Ucrânia, ainda que apoiem a reação do governo de Kiev em agir contra os rebeldes pró-russos.
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