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Vala comum de Garcia Lorca deve ser aberta em breve

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No âmbito de uma investigação sobre vítimas da Guerra Civil e do franquismo em Espanha. Família já deu autorização

A vala comum onde alegadamente estão os restos mortais do poeta espanhol Federico Garcia Lorca poderá ser aberta em breve no âmbito de uma investigação sobre vítimas da Guerra Civil e do franquismo em Espanha.

A decisão da exumação cabe ao juiz Baltasar Garzon, que anunciou este mês a intenção de proceder a uma investigação sobre as vítimas e que esta semana recebeu um pedido de abertura da vala comum pelos familiares de outras das vítimas.

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Depois de se ter manifestado no passado contra a exumação dos cadáveres, a família de Garcia Lorca decidiu aceitar a abertura da vala, apesar de não ser algo que apoiem.

Uma decisão que ocorre depois da família de Dióscoro Galindo ¿ o professor que terá sido fuzilado ao lado de Lorca ¿ ter formalizado um pedido de exumação dos restos mortais junto de Baltasar Garzon.

O pedido de exumação abrange ainda Francisco Galadi, também fuzilado no mesmo local onde, alegadamente, estão os restos mortais de um quarto homem, Juan Arcolla, que não deixou descendentes.

A vala comum está localizada junto ao barranco de Viznar, Arcolla, nos arredores de Granada, numa zona onde se estima que estejam os restos mortais de milhares de vítimas da Guerra Civil e da ditadura de Franco.

Lorca e os outros três homens foram fuzilados a 18 de Agosto de 1936 e enterrados sem sepultura, segundo investigações do historiador Ian Gibson que comprovou a informação com a ajuda do homem que ajudou a enterrar os corpos, Manuel Castilla Blanco.

Admitindo «recear» a abertura da vala comum, a sobrinha de Lorca insistiu que apesar dos dados conhecidos, continua a não haver total certeza sobre se os restos do poeta estão de facto ali enterrados. «Nesse barranco há entre mil e três mil mortos. Que acontece com esses? Uma exumação parcial desvirtuará o cemitério onde jazem tantas vítimas da mesma repressão», afirmou.

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