Fogo, pânico e fuga. Em três momentos, milhares de refugiados fugiram e foram retirados, na noite desta segunda-feira, do campo de Moria, na ilha grega de Lesbos, devido a um incêndio aparentemente ateado de forma voluntária, segundo a polícia local.
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O incêndio e a retirada das pessoas foi confirmado pouco depois pela associação grega Lifeguard Hellas Save & Rescue Team, que utilizou também a rede Twitter para dar conta da situação.
De acordo com a associação grega, uma hora depois do alerta, o fogo foi controlado, apesar das pessoas continuarem fora do campo.
Segundo este relato, as pessoas que fugiram do campo de Moria estavam a ser ajudadas por voluntários que lhes davam água.
Informações adiantadas pela cadeia britânica BBC dão conta que entre três mil a quatro mil pessoas foram retiradas do campo de refugiados de Moria. Não houve até então registo de feridos entre os refugiados.
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A origem do fogo ainda não foi esclarecida. Terá queimado tendas e casas pré-fabricadas.
30% do campo destruídoRelatos de um elemento de uma associação humanitária suíça à BBC dão conta que o incêndio terá destruído 30% do campo de Moria.
Algumas pessoas foram entertanto autorizadas a regressar às suas tendas e casas, mas muitas centenas ficaram a pernoitar nas ruas de Lesbos.
As pessoas estão a voltar ao campo, pelo que vejo. Mas um grande número de refugiados continua nas ruas, dormindo ao relento", afirmou Aris Vlashopoulos, da associação suíça SAO.
A agência de informação grega ANA deu conta, entretanto, de que distúrbios irromperam no campo de Moria na tarde de segunda-feira, dado o receio crescente entre os refugiados de serem poderem ser enviados para a Turquia.
Havia tensão à tarde. A nossa maior preocupação é a segurança das pessoas. o Incêndio é muito grande", foram as palavras de um oficial da polícia grega, à ANA.
Segundo dados do organismo para os Refugiados das Nações Unidas, há cerca de 5600 refugiados na ilha grega de Lesbos, sendo que a mesma terá capacidade para apenas 3600.
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