O governo grego apresentou, esta segunda-feira, várias propostas aos seus credores internacionais que revelam uma intenção de aliviar o "braço de ferro" que se prolonga há vários meses.
O Executivo de Alexis Tsipras está disposto a aumentar as contribuições sociais dos trabalhadores para a Segurança Social, baixar pensões de reforma (sem tocar nas mais baixas), cortar 200 milhões no Orçamento da Defesa e conseguir 2.700 milhões com medidas de austeridade.
A Grécia compromete-se também em alargar "significativamente" os produtos com a taxa máxima do IVA, mas sem aumentar a eletricidade para a taxa máxima de 23%.
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Neste ponto em concreto, o governo de Alexis Tsipras quer, no entanto, assegurar uma taxa de 13% para alguns produtos essenciais (para a alimentação, por exemplo), a pensar nas famílias mais pobres e, por razões de competitividade, para os hotéis. A uma taxa especial de 6% ficam os medicamentos e livros.
Algumas destas medidas já tinham sido avançadas pelo ministro da Economia da Grécia, esta terça-feira, em entrevista à BBC. Giorgos Stathakis acredita que as medidas servirão para desbloquear o impasse nas negociações entre os parceiros europeus e Atenas, que já dura há cinco meses.
Além das medidas supramencionadas, o ministro falou de um novo imposto sobre as empresas e uma nova taxa para os mais ricos.
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O trabalho técnico dos próximos dias, adianta o governante helénico, será para oficializar o acordo.
A nova proposta grega continua a excluir os pontos onde o Governo grego recusa ceder: mais cortes nos salários da função pública e a, já mencionada, subida do IVA na eletricidade.
"As últimas propostas da Grécia são as primeiras realistas desde há várias semanas mas ainda precisam do aval das instituições e de ser trabalhadas", disse Tusk, à entrada para a cimeira de emergência da zona euro, em Bruxelas.
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