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Tsipras: "FMI dá-nos razão ao admitir o óbvio sobre a dívida"

Primeiro-ministro quer um corte de 30% da dívida grega e um período de 20 anos sem pagar. Tsipras renovou, ainda, um apelo ao "não" no referendo como resposta ao ultimato e à chantagem dos credores

O líder do Syriza diz, por isso, que o governo quer "um corte de 30% da dívida" e um período de carência de 20 anos para assegurar "a sua viabilidade".

É o próprio FMI que dá razão ao governo grego ao admitir "o óbvio" sobre a dívida, ao dizer que é insustentável e precisa de ser reestruturada, notou esta sexta-feira o primeiro-ministro Alexis Tsipras.

O relatório em que o Fundo Monetário Internacional assinala que Atenas precisará irremediavelmente de um perdão de dívida vai assim, segundo Tsipras, de encontro à rejeição das medidas que os credores apresentaram à Grécia.

Justifica, por isso, diz Tsipras, a decisão do governo grego de dizer "não" à proposta dos credores, renovando os apelos precisamente ao "oxi" no referendo de domingo.  

“Ontem aconteceu um evento de enorme importância política. O FMI publicou um relatório sobre a economia grega, que é uma confirmação do óbvio - a dívida grega é insustentável”.

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Segundo a agência Reuters, o primeiro-ministro grego reafirmou que no referendo não está em causa a continuidade da Grécia na Zona Euro, e que se o “não” vencer, isso não significa uma rutura com a Europa.   Tsipras esclarece que o que está em causa é o facto das condições dos credores terem sido apresentadas em forma de chantagem e ultimato. Por isso, o PM grego pede aos eleitores que vão às urnas “calmos” e sem medo que isso se traduza numa saída da moeda única.

Declarações que vão de encontro às do ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, que esta sexta-feira afirmou que um acordo com os credores está "mesmo à mão" e que, apesar da suspensão anunciada por causa do referendo, as negociações têm continuado.

O mesmo não se pode dizer das últimas declarações do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, que disse hoje que novas conversações sobre a dívida grega "vão demorar" a ter resultados, justamente, por culpa do referendo de domingo.

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Schäuble disse, em entrevista ao jornal alemão "Bild", que as novas conversas entre credores e governo grego terão de ocorrer assentes numa nova base e com condições "ainda mais difíceis" para os gregos. 

 

Maior credor da Grécia diz que o incumprimento não terá consequências imediatas 

O Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) da Zona Euro confirmou que a Grécia entrou em incumprimento, mas já garantiu que decidiu não pedir reembolso dos empréstimos imediatamente, nem recorrer "ao direito a agir".

Como conta a agência Lusa, o FEEF, que ajuda países da Zona Euro em dificuldades, é detentor de dívida grega no valor de 144,6 mil milhões de euros, que, segundo o diretor Klaus Regling, torna o fundo o "maior credor da Grécia".

 

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