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11 de Setembro continua a fazer vítimas

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Teme-se que os casos de cancro aumentem entre os milhares de pessoas que trabalharam na limpeza do local após os ataques

Nos últimos três meses, cinco bombeiros e polícias que estiveram a trabalhar na zona do Ground Zero, em Nova Iorque morreram com cancro. Tinham todos menos de 44 anos. Com centenas de pessoas doentes depois de terem estado durante meses a fio na zona, após os ataques de 11 de Setembro de 2001, teme-se que estes casos possam ser apenas a ponta do iceberg.

O registo de casos de cancro, de problemas respiratórios e outras doenças não é algo novo entre muitas as cerca de 70 mil pessoas que trabalharam na zona - entre eles bombeiros, polícias e trabalhadores da construção civil, grande parte voluntários. Mas até agora não há dados oficiais do número de pessoas que morreram directamente por causa da exposição ao autêntico entulho tóxico em que se transformou a zona, polvilhada pelo amianto que revestia o aço das torres, mas também por muitos outros resíduos nocivos, como 90 mil litros de combustível combustível, chumbo presente nos materiais electrónicos, mercúrio e plástico queimado.

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Em declarações ao jornal britânico «The Guardian», Claire Calladine, uma activista que dirige a organização «9/11 Health Now», diz que o número de casos de cancro tem subido nos últimos tempos. «Ainda só vimos a ponta do iceberg», afirma. Qual a sua verdadeira dimensão? «Essa é a grande questão», aponta Calladine.

Apesar de não se saber oficialmente quantas pessoas é que foram vítimas dos trabalhos de limpeza do Ground Zero, o departamento de saúde de Nova Iorque registou a morte de 817 trabalhadores das equipas de emergência. Mas não se sabe quantas destas é que perderam a vida por razões ligadas directamente à passagem pelo local.

A «911 Police Aide Fundation», uma organização formada por polícias doentes que trabalharam na zona dos atentados, dizem que estão a receber ajuda cerca de 100 agentes com cancro. Mas o mais preocupante é o número crescente de casos novos: um por semana.

As vítimas têm reclamado ajuda do estado para custear os tratamentos. A esperança reside agora na aprovação da criação de um fundo por parte do Congresso norte-americano, no final deste ano, que poderá responder a estes casos que se têm multiplicado.

«Todos nós temos doenças terminais, vamos todos morrer. Só queremos ajudar outros mostrando-lhes que não estão sozinhos», disse ao jornal britânico Michael Valentin, um dos polícias que se voluntariou para trabalhar durante quatro meses no Ground Zero e que agora tem cancro.

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