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Forças sírias disparam contra manifestantes

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Incidente registou-se em Damasco, numa altura em que as forças leais ao presidente se concentram nas aforas de Homs

As forças de segurança dispararam contra manifestantes que protestavam em Damasco contra o regime liderado pelo presidente Bashar al-Assad. De acordo com ativistas, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas. Em Homs, poderá estar para breve uma ofensiva terrestre.

«Havia centenas de manifestantes na praça principal de Hajar al Aswad e, subitamente, autocarros da polícia e da [milícia pró-Assad] Shabbiha apareceram e começaram a disparar contra a multidão», disse um dos ativistas à Reuters, num contacto telefónico.

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Este incidente aconteceu numa altura em que de Homs ¿ principal palco de resistência contra o regime ¿ chegam informações de que tanques do exército estão a aglomerar-se nas aforas da cidade, segundo dá conta a agência AP.

Este poderá ser um sinal de que estará estar iminente um assalto terrestre em larga escala.

Desastre humanitário em Homs

A cidade tem sido bombardeada nas duas últimas semanas pelas tropas governamentais. Além da elevada perda de vidas humanas, os habitantes estão a enfrentar duras dificuldades no aceso a cuidados de saúde, medicamentos, comida e água.

«Estamos a recolher água da chuva em jarros e panelas», disse à Reuters Abu Bakr, um residente no bairro de Baba Amro, que se encontra abrigado numa casa de dois quartos com 25 pessoas.

A mesma fonte salientou que mulheres que deram à luz recentemente estão com dificuldades em amamentar os filhos, depois do leite lhes ter secado no peito, devido ao choque sofrido com os ataques.

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«Algumas mulheres voluntariaram-se para amamentar esses bebés, mas até quando? As suas vidas estão em perigo», alertou.

Os ativistas dizem ainda que os bombardeamentos sobre o bairro, onde vivem 80 mil pessoas, destruíram os poucos hospitais de campanha que foram erguidos para socorrer as vítimas e que na zona já só há dois ou três médicos.

«Estamos a ver os feridos morrer. Tudo o que podemos fazer é usar pedaços de tecido para cobrir os seus ferimentos e vê-los morrer», disse um outro habitante de Baba Amro, que não quis revelar o seu nome.

Um ativista, identificado pela Reuters como Marx, avisou que «se as pessoas não morrerem dos bombardeamentos irão morrer de fome em breve».

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