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O primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, diz que a tragédia que aconteceu este sábado no mar Mediterrâneo é «genocídio». Em declarações à CNN, Muscat reage de forma revoltada à provável morte de cerca de 700 pessoas no naufrágio de um navio que transportava imigrantes da Líbia em direção à Europa.
«É genocídio – nada menos do que genocídio. Completamente», classificou Muscat.
«A comunidade internacional não pode continuar cega a este problema»foram resgatados 28 sobreviventes«Gangues de criminosos colocam pessoas num barco. Às vezes até sob ameaça de uma arma. Estão a colocá-los no caminho para a morte», acrescentou.
Mas o relato dramático de um sobrevivente indica que a tragédia pode ser muito maior do que se espera. Um homem proveniente do Bangladesh aponta para mais de 900 mortos: «Éramos uns 950 a bordo. Quarenta ou 50 crianças e cerca de 200 mulheres. Muitos estavam trancados no porão».
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Outra descrição dramática vem do dirigente dos Médicos Sem Fronteiras: «uma vala comum está a ser criada no Mediterrâneo e as políticas europeias são responsáveis». Loris De Filippi comparou a situação a uma «zona de guerra». «Esta tragédia está só a começar. Mas pode e deve ser travada», disse. O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, pediu já uma cimeira europeia urgente. Renzi, que falava em conferência de imprensa, disse esperar que a reunião tenha lugar até ao final da semana. «Tem que ser uma prioridade», afirmou.
«Não estamos a falar de coisas banais, mas de vidas humanas», disse Renzi, considerando que o tráfico de pessoas é «um flagelo» para a Europa.
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«A Comissão Europeia está profundamente envergonhada com os trágicos desenvolvimentos no Mediterrâneo hoje, assim como nos últimos dias e semanas. A realidade é dura e as nossas ações deve, por isso, ser ousadas. São vidas humanas que estão em jogo e a União Europeia tem obrigação moral e humanitária de agir».
O Santo Padre lamentou as mortes e pediu a todos para rezarem pelos «seus irmãos e irmãs» e deixou um «apelo à comunidade internacional» para que atue com urgência. (VEJA O VÍDEO ABAIXO)
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