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Naufrágio com 700 a bordo: navio português salvou 22 imigrantes

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Centenas de pessoas podem ter morrido. Só 28 foram resgatadas com vida e 24 cadáveres foram retirados das águas do Mediterrâneo

Uma mega operação de buscas está a ser levada a cabo, nesta corrida contra o tempo, envolvendo as autoridades marítimas de vários países, incluindo barcos de pesca. Mais de 20 embarcações e três helicópteros varrem as águas. O naufrágio estima-se que terá ocorrido em águas libanesas, a 27 quilómetros da costa da Líbia e a 210 quilómetros da costa italiana. No mesmo sentido, a Marinha italiana confessa que neste momento as operações estão focadas no resgate de sobreviventes, «mas com o passar do tempo, a busca será só por corpos». Também esta semana, a Agência da ONU para os Refugiados, liderada pelo português António Guterres, considerou que não está a ser feito por parte de Bruxelas, um esforço suficiente para salvar os imigrantes que arriscam atravessar o Mediterrâneo rumo à Europa, em busca de uma vida melhor. E, por isso, exige mais ação por parte da União Europeia.

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Um barco com cerca de 700 pessoas a bordo terá virado e naufragado no Mar Mediterrâneo, segundo a Guarda Costeira Italiana. Vinte e quatro corpos foram recuperados.

A embarcação transportaria entre «500 a 700» migrantes que partiram da Líbia em direção a Lampedusa, na Itália, como noticia a BBC este domingo. O alerta terá sido dado por volta da meia-noite. 

O cargueiro de bandeira portuguesa King Jacob está envolvido nas operações de busca, como confirma a Marinha Portuguesa, e terá sido mesmo este a avisar as autoridades, segundo o jornal «La Repubblica». O Relações Públicas do barco português confirmou à TVI que o King Jacob salvou 22 imigrantes.

Mark Clark, diretor do Navigate Group explicou à TVI como se procedeu aos salvamentos: 

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Até ao momento, só 28 pessoas foram resgatadas das águas, de acordo com a última atualização, embora o jornal «La Repubblica» tenha avançado anteriormente com 49 sobreviventes. 

«Neste momento, tememos que esta seja uma catástrofe de grandes dimensões», vaticinou a porta-voz da ONU para os Refugiados, Carlotta Sami.

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Segundo o jornal «Times of Malta», os migrantes ter-se-ão movido para um lado do barco, o que levou ao capotamento da embarcação.

O jornal de Malta cita testemunhos das suas autoridades locais que estão a ajudar nas buscas:

«Eles estão literalmente em busca de vivos entre os corpos que encontram a boiar».

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Dias negros os que se têm vivido na costa do Mediterrâneo, já que esta semana, mais de 400 pessoas também foram dadas como desaparecidas em circunstâncias semelhantes.

E já se perdem a conta a notícias destas, como se perde a conta às vítimas que morreram afogadas naquele local.

Itália acordou este domingo com esta notícia trágica que não foi esquecida pelo Papa na sua homilia.

«São homens e mulheres como nós que procuram uma vida melhor», disse aos milhares que o escutavam na Praça de São Pedro, no Vaticano. 

O Santo Padre lamentou as mortes e pediu a todos para rezarem pelos «seus irmãos e irmãs» e deixou um «apelo à comunidade internacional» para que atue com urgência. (VEJA O VÍDEO ABAIXO)

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Apesar dos perigos, são aos milhares os que tentam fugir de uma vida má para o desconhecido do outro lado, a Europa. Pagam a mediadores que lhes arranjam barcos sem condições e sobrelotados. 

A União Europeia vai organizar uma reunião de urgência com os ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros por causa do naufrágio. 

O presidente francês, François Hollande, que tinha sugerido a realização de uma reunião de urgência ao nível da União Europeia, afirmou que esta pode vir a ser uma das «maiores catástrofes» dos últimos anos no Mediterrâneo, caso se venha a confirmar o balanço provisório de vítimas.

Recorde aqui alguns dos casos dramáticos no Mediterrâneo.

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