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<i>Yahoo</i> negoceia com jornalistas que denunciou

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Jornalistas foram detidos após o portal fornecer dados ao governo chinês

O Yahoo chegou a acordo judicial com os dois jornalistas chineses, que ajudou a prender ao dar informações sobre as suas actividades na Internet ao governo chinês, escreve a Lusa.

Nenhum dos lados divulgou mais detalhes além de que o acordo indica que o Yahoo pagaria os honorários dos advogados de Shi Tao e Wang Xiaoning e membros da família que moveram o processo em seus nomes.

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O Yahoo acrescentou que iria «providenciar apoio financeiro, humanitário e legal a estas famílias».

O acordo reabriu o debate sobre a cooperação de empresas da Internet com governos que negam a liberdade de expressão e perseguem jornalistas.

A polémica marcou uma mudança na atitude do Yahoo, que tinha rapidamente sustentado a obrigação de obedecer ao pedido das autoridades chineses de partilhar a informação acerca da actividade on-line dos dois cidadãos chineses.

Mas a cooperação da empresa tornou-se num pesadelo de relações públicas durante a última semana depois de furiosos legisladores federais os atacarem no Capitólio, acusando-os de colaboração com um regime opressivo.

«Se financeira e tecnologicamente vocês são gigantes, moralmente são pigmeus», disse o presidente do Comité dos Negócios Estrangeiros norte-americano, o democrata Tom Lantos.

A maior empresa de comércio on-line na China, o Alibaba.com, dirige localmente as operações do Yahoo desde que este comprou 40 por cento da empresa em 2005, ambas foram processadas em Abril por Shi e Wang.

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O Yahoo escusou-se a dizer se os seus negócios na China ou o modo como o Alibaba vai responder aos pedidos do governo vão alterar-se em consequência do acordo.

Mas a empresa disse que apenas tem 40 por cento do Alibaba e não tem controlo sobre a empresa chinesa.

Shi, antigo escritor da publicação financeira Contemporary Business News, foi preso sob leis de segredo de Estado por alegadamente fornecer informações confidenciais ao estrangeiro ao enviar e-mails contendo notas governamentais sobre restrições à comunicação social.

Wang foi preso em 2002 quando foi ligado a e-mails anónimos e outras publicações políticas que colocou on-line. Ambos cumprem uma pena de 10 anos.

Os dois foram representados no processo pela Organização Mundial dos Direitos Humanos em Washington.

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