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Já são 16 mil os soldados russos na Crimeia

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O anúncio do embaixador ucraniano chega num dia em que se sucederam os apelos da comunidade internacional a Putin. Obama avisa o presidente russo de que está do «lado errado da História»

O presidente americano Barack Obama disse que a Rússia está no «lado errado da história» e a «violar o direito internacional», pouco antes de uma reunião na Casa Branca com os mais altos representantes e conselheiros de segurança.

Obama exige a Putin que aceite uma mediação sobre a Ucrânia e promete isolar Moscovo na cena internacional se não houver retrocesso na ocupação da Crimeia. O Pentágono já anunciou a suspensão das relações com a Rússia.

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Agudiza-se, por isso, a pressão entre Rússia e o Ocidente.

Fazendo suas as palavras do presidente, o embaixador americano na ONU falou novamente na violação de leis internacionais.

O embaixador ucraniano na ONU disse esta segunda-feira na reunião de emergência das Nações Unidas que já há 16 mil soldados russos na Crimeia.

«Desde 24 de fevereiro, aproximadamente 16 mil tropas russas entraram na Crimeia em barcos de guerra, helicópteros e aviões», disse Yuriy Sergeyev, como cita a Reuters.

Os diplomatas concentrados na ONU fizeram apelo a Putin para que retire daquele território autónomo na Ucrânia. O Conselho de Segurança das Nações Unidas esteve reunido para debater o futuro da Ucrânia. Uma reunião para a qual o mundo teve os olhos postos, já que a tensão que se vive na Crimeia, território autónomo, teve consequências mundiais neste início de semana, com as bolsas a regressarem em queda face ao clima de conflito e incerteza que se vive naquele país europeu e a atitude russa neste processo.

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A Rússia rejeita as acusações de que está a atuar agressivamente na Ucrânia.

Moscovo disse que se limita a defender os compatriotas que vivem na Crimeia. A defesa feita pelo embaixador russo na ONU apresentou a carta de Viktor Yanukovich - que continua a reivindicar a legitimidade de líder da Ucrania - ao presidente Vladimir Putin a pedir apoio militar na região autónoma entre os dois países para restabelecer a ordem e a segurança.

«Mediante a influência dos países ocidentais, há atos claros de terror e violência», citou o embaixador russo Vitaly Churkin.

Os russos começaram a entrar há quatro dias, com farda e armados, mas sem identificação. Agora, as máscaras caíram e o passo que faltava, a anexação da Crimeia, fez-se anunciar no ultimato da marinha russa e avançado pela agência Interfax.

O comandante da Frota do Mar Negro teria dado até às três da madrugada para que todas as forças fiéis ao novo poder da Ucrânia se rendessem ou enfrentariam o assalto russo. No entanto, a frota russa do Mar Negro, baseada na Crimeia, já veio negar que esteja a planear um ataque às posições militares ucranianas naquela península, afirmando que o alegado ultimato para que as forças ucranianas se rendam é um «disparate».

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A reunião nas Nações Unidas não foi a única esta segunda-feira. Em Bruxelas, numa reunião de emergência, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28 condenaram o que chamam de ato de agressão da Rússia feito ao arrepio das leis internacionais. A reunião foi uma antevisão da cimeira extraordinária para discutir a situação na Ucrânia, marcada para quinta-feira pela UE. O ministro dos Negócios Estrangeiros português participou. Rui Machete defendeu que «não devemos ser pessimistas», mas que na cimeira de quinta-feira, os primeiros-ministros da União Europeia poderão mesmo aprovar medidas mais drásticas contra a Rússia: «Uma das hipóteses é essa, se não houver um desanuviamento. Isto é um processo dinâmico, que está a mexer-se quase de hora a hora».

A NATO também vai reunir.

A comunidade ucraniana em Lisboavoltou a juntar-se esta segunda-feira contra a «invasão da Rússia».

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