Vladimir Putin chegou esta sexta-feira à Crimeia. É a primeira viagem do Presidente da Rússia àquela região desde que foi anexada por Moscovo depois de se ter separado da Ucrânia, em março.
A viagem de Vladimir Putin ocorre no dia em que se celebra em Moscovo a derrota das forças da Alemanha nazi pelo Exército Vermelho russo. A opção do Presidente russo em comemorar na Crimeia o aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial não foi bem recebida pelas autoridades ucranianas, que não reconhecem a perda de soberania naquela região.
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O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros classifica a visita de Putin como «uma grave violação da soberania da Ucrânia», noticia a BBC News.
A visita do chefe de Estado russo também não é bem vista no Ocidente, com Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da NATO, a dizer que a ida de Vladimir Putin é um gesto «inapropriado».
Este ano celebram-se sete décadas desde que a União Soviética derrotou os nazis precisamente na Península da Crimeia. Nessa altura a região pertencia à Rússia, mas mais tarde o Presidente Khrushchev passou a soberania para a Ucrânia. Na altura, dentro da União Soviética, o detalhe parecia indiferente, mas acabou por dar origem ao conflito atual.
A Crimeia, região que alberga uma base naval russa, foi anexada em Março de 2014 através de um referendo realizado semanas antes das tropas de Moscovo terem invadido aquela península.
Entretanto mantém-se a instabilidade em vários pontos da Ucrânia oriental, onde várias cidades e pontos estratégicos estão nas mãos de separatistas pró-russos.
Esta sexta-feira, forças de Kiev tomaram de assalto uma esquadra da polícia que estava ocupada, na cidade de Mariupol. O confronto levou a um incêndio que destruiu o edifício e pelo menos 21 pessoas morreram durante a operação, informa a agência Reuters.
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