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Ultimato na Crimeia: Ucrânia diz que «sim» e a Rússia diz que «não»

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Ministro ucraniano da Defesa fala em «ameaça» com hora marcada. Mas a frota russa nega que esteja a planear ataque

Atualizado às 18:05

O ministro da Defesa Ucraniano garantiu que as tropas russas, na Crimeia, exigiram às forças ucranianas «que se rendam nas próximas horas ou enfrentem a tempestade». A notícia foi avançada pela agência russa Interfax. Segundo a mesma fonte, o ultimato estabeleceu para as três horas da manhã de terça-feira (hora de Lisboa) o prazo limite para a retirada dos ucranianos.

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Fornecimento de energia agrava tensão

No entanto, a frota russa do Mar Negro, baseada na Crimeia, já veio negar que esteja a planear um ataque às posições militares ucranianas naquela península, afirmando que o alegado ultimato para que as forças ucranianas se rendam é um «disparate».

Citado pela agência russa Interfax, um porta-voz da frota afirmou que é «um completo disparate» que as forças russas tenham dado um ultimato às forças militares da Ucrânia na Crimeia para se renderem nas próximas horas, caso contrário serão atacadas, como afirmou um porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano à agência France Presse.

«Já estamos habituados a ouvir todos os dias acusações sobre ataques aos nossos camaradas ucranianos», afirmou o porta-voz da frota, garantindo que os «esforços para levar a um confronto não vão resultar».

Antes, o porta-voz do parlamento russo Sergei Naryshkin já tinha dito «por agora, não haver necessidade» de mobilizar tropas armadas russas para território ucraniano, de acordo com a Reuters. Mas lembrou que o presidente russo, Vladimir Putin, obteve no sábado autorização do parlamento para o uso da força caso assim o deseje.

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Entretanto, a Rússia fez saber que lançou o projeto de construção de uma ponte que vai unir o seu território à Crimeia. O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, assinou um decreto que entrega à empresa pública Rossavtotor a concretização do projeto, cujos estudos devem ficar concluídos até novembro.

Críticas da NATO mal recebidas na Rússia

Também o ministro russo dos negócios estrangeiros se pronunciou sobre a crise na Ucrânia. Sergey Lavrov considera que as críticas da NATO não irão ajudar a estabilizar a situação.

«Acreditamos que esta posição não irá ajudar a estabilizar a situação na Ucrânia e só encoraja as forças que gostam de usar a situação atual para alcançar os seus objetivos políticos irresponsáveis», disse o ministro.

As declarações surgem depois da NATO ter acusado o governo de Moscovo de estar a ameaçar a paz e segurança na Europa.

Líderes europeus reúnem-se quinta-feira

Entretanto, A União Europeia vai convocar para quinta-feira uma cimeira extraordinária para discutir a situação na Ucrânia. O tema da reunião de alto nível está a ser discutido no conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros que decorre em Bruxelas e deverá ser anunciado formalmente no fim da reunião, ainda esta tarde.

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Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28 países membros da União Europeia, em que se conta o português Rui Machete, estão a debater a tensão na Ucrânia, depois de a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, ter pedido à Rússia para não destacar forças armadas para a Ucrânia e respeitar a lei internacional.

«Equipas avançadas» rumam à Ucrânia

«Equipas avançadas» de observadores da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) partem hoje à noite para a Ucrânia, mas objeções da Rússia ainda não permitiram um acordo para uma missão de observação, disse hoje a responsável da diplomacia dos EUA para a Europa, Victoria Nuland.

A diplomata, que falava à margem de uma reunião ministerial extraordinária da OSCE, disse esperar que essas «equipas avançadas» sejam «autorizadas a viajar para a Crimeia, onde são mais necessárias, e para cidades chave do leste da Ucrânia».

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