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Venezuela e Portugal: os laços reforçados com o «amigo» Chávez

Exportações portuguesas dispararam a partir de 2007

Portugal e Venezuela estreitaram os laços comerciais nos últimos anos, com a bênção do «amigo Chávez». Em 2012, as exportações portuguesas para aquele país da América Latina ultrapassaram os 313 milhões de euros. Desde 2007, as exportações portuguesas para a Venezuela dispararam, passando dos 16,3 milhões de euros para os mais de 300 registados em 2012.

Entre 2007 e 2011 as exportações para aquele país quase duplicaram em cada ano. A única exceção foi 2011, quando se deu uma queda, para os 152,8 milhões de euros. No ano passado, mais que duplicaram novamente.

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Em 2010, quando José Sócrates era ainda primeiro-ministro, assinou com Chávez vários acordos de cooperação económica, prevendo a venda de um milhão de computadores portáteis Magalhães à Venezuela, a construção de 50 mil fogos de habitação social, e ainda memorandos na área da eletricidade. Nesse ano, as exportações portuguesas para a Venezuela mais que triplicaram.

O computador Magalhães é o item mais conhecido das exportações nacionais para a Venezuela (e para isso muito ajudou o apoio do recentemente falecido presidente venezuelano, que atestou a sua resistência em plena televisão, atirando um aparelho ao chão), mas está longe de ser o único.

No ano passado, os segmentos que mais contribuíram para as exportações nacionais para a Venezuela foram os reatores nucleares, caldeiras, máquinas e outros aparelhos mecânicos e eletrónicos, que corresponderam, no seu conjunto, a quase 190 milhões de euros. Mas os metais comuns e obras feitas a partir deles (ferro fundido, aço, etc.) representaram cerca de 37,5 milhões. Produtos alimentares e derivados representaram cerca de 40 milhões. Os produtos farmacêuticos foram quase 18 milhões de euros, os de papel e cartão mais de 5 milhões. E a lista dos produtos portugueses que saíram rumo a Caracas é longa, incluindo vestuário, materiais de construção, combustíveis e derivados, produtos culturais, tecidos, etc.

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As importações de produtos venezuelanos, por seu lado, custaram 164,7 milhões de euros. A fatia de leão, mais de 150 milhões, corresponde a combustíveis e derivados.

Mais de 230 empresas nacionais exportam para a Venezuela

Segundo os dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), são mais de 230 as empresas nacionais que atualmente exportam para a Venezuela, que é já o nosso segundo maior mercado na América Latina.

São também cada vez mais as empresas portuguesas a operar no país. Na área da construção, o Grupo Lena dedicou-se à construção de milhares de casas e construiu uma fábrica de painéis de cimento. A Edifer decidiu construir uma fábrica de papel no país. Mas estes são apenas alguns exemplos. Teixeira Duarte, DST, AntralCipan, Visabeira, EIP (Eletricidade Industrial Portuguesa), Metalcérmica e Galp Energia são outros casos de empresas nacionais a operar no país.

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