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Ele escreve os discursos de Obama

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Nos Estados Unidos, muita da criação do discurso público surge na mente de pessoas pouco conhecidas. Assim acontece nas séries de televisão, com os argumentistas a mostrarem ao mundo a sua importância. Sem eles, durante a intensa greve que está prestes a terminar, não há sucesso para ninguém, simplesmente porque não há textos.

Na política será igual, mas sem a parte da greve. Muito do sucesso dos grandes políticos surge na mente de pessoas mais ou menos anónimas. Assim sucede com Barack Obama, que tem a apoiá-lo um «escritor de discursos», destinado a pensar as melhores frases. Para os fanáticos da série «The West Wing», a importância destes agentes é uma evidência, mas para o público em geral talvez passem despercebidos.

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É o caso de Jon Favreau, um jovem de 26 anos que já tinha estado em destaque por ter trabalhado com um outro candidato democrata à presidência, John Kerry, e que agora arquitecta as frases bonitas e marcantes de Obama. Como escrevia a Newsweek: «Fravreu tem o pior e o melhor trabalho na escrita de discursos para política. O seu patrão tem livros nos tops e não precisa realmente dos discursos, até porque também aplica um estilo próprio, de improviso. Mas também é muito ocupado, por isso precisa que alguém lhe dê uma ajuda».

E Favreau lidera a equipa de tratamento dos discursos do senador do Illinois, não se coibindo de juntar muita inspiração retirada de John Kennedy. Foi por mero acaso que entrou neste mercado, fruto da falta de inspiração do «staff» de John Kerry em 2004. «Não tinham dinheiro para contratar pessoas, por isso decidiram apostar em mim, que na altura apenas juntava os registos de áudio dos discursos. Não tinha qualquer experiência na área e tinha acabado de sair da faculdade».

Após a derrota de Kerry, Favreau desistiu da política, mas recuperou força com o apelo de Obama. Foi convidado pelo director de comunicação do candidato democrata, Robert Gibbs, e aceitou de imediato. «Se o dia tivesse 48 horas, não precisávamos de alguém para escrever os discursos, mas como não é assim, o homem vai precisar de alguém», disse-lhe Gibbs.

Na primeira vez que falou com Obama, o senador apenas lhe perguntou: «O que é que te trouxe para a política, o que é que te motivou?». Favreau explicou-lhe que foi pela possibilidade de intervenção social, a defesa dos direitos legais e a esperança de um Estado melhor, pelo que foi imediatamente contratado.

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