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Carmona diz que Costa «afronta» lisboetas

Ex-presidente da Câmara discorda da hipótese de demissão

O ex-presidente da Câmara de Lisboa (CML) Carmona Rodrigues considerou uma «afronta aos lisboetas» a possibilidade de António Costa se demitir caso o PSD inviabilize o empréstimo de 500 milhões de euros que a CML pretende contrair, informa a agência Lusa.

«Estou muito preocupado e admirado com a situação criada nos últimos dias, porque me parece que estão a brincar às câmaras», disse Carmona Rodrigues, sublinhando que num executivo «com quatro meses não se esperava que fossem criados factores de instabilidade desta ordem».

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Para Carmona Rodrigues, a possibilidade de o PSD inviabilizar o empréstimo de 500 milhões de euros que a autarquia de Lisboa pretende contrair - e sem os quais é, segundo o presidente António Costa, «impossível gerir» a câmara - não passa de «um braço-de-ferro com o PS».

«O mais grave é que tratando-se de um braço-de-ferro entre o PSD e o PS acaba por ser uma afronta aos lisboetas e um factor de instabilidade para os munícipes da capital», frisou.

Embora discorde do montante total do empréstimo, considerando-o mesmo «excessivo», razão pela qual se absteve da sua votação na sessão de Câmara, Carmona Rodrigues disse entender que a primeira «tranche» de 360 milhões de euros «contemple alguma prudência», embora sublinhe que a segunda «tranche» de 140 milhões de euros «não é de todo essencial».

Carmona Rodrigues considera, contudo, o empréstimo financeiro «um instrumento de gestão fundamental» para a autarquia de Lisboa, motivo pelo qual não o inviabilizou.

Ruben fala em «situação insustentável»

O vereador comunista na Câmara de Lisboa Ruben de Carvalho qualificou de «absolutamente insustentável» a possibilidade de o PSD chumbar o empréstimo de 500 milhões de euros já que são os «maiores responsáveis» pela situação financeira da autarquia.

Sobre a eventualidade de António Costa se demitir caso o SPD inviabilize o empréstimo, Ruben de Carvalho disse que António Costa não ameaçou demitir-se mas referiu apenas «não excluir nenhuma hipótese» caso o PSD não permita a contracção do empréstimo.

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