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Um doente «tem coisas para dizer»

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Livro revela que João Paulo II recusou terapias, na última etapa da sua vida

O cardeal francês Jean Louis Tauran disse esta segunda-feira, em Roma, que o Papa Wojtyla mostrou ao mundo que um doente «tem coisas para dizer», quando na sua agonia preferiu permanecer no Vaticano a aceitar nova terapia, escreve a Lusa.

«O Papa (João Paulo II) lutou para recordar-nos que a morte é uma passagem mas há que viver com um desejo intenso de Deus», disse Tauran, que foi «ministro dos Negócios Estrangeiros» do anterior Bispo de Roma durante 13 anos, na apresentação do livro «Papa Wojtyla. L`addio», do jornalista italiano especializado no Vaticano Marco Politi.

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O livro, entre outras coisas, inclui declarações do cardeal mexicano Javier Lozano Barragan, «ministro da Saúde da Santa Sé» sobre a rejeição do Papa polaco de terapias, na última etapa da sua vida.

No seu testemunho, tornado publico no início de Outubro, o cardeal mexicano conta que João Paulo II rejeitou as terapias quando lhe disseram que uma nova hospitalização não iria curá-lo e preferiu permanecer no Vaticano para se colocar «nas mãos de Deus».

Tauran, ex-secretário de Estado do Vaticano para as Relações com os Estados e actual presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Interreligioso, definiu João Paulo II como «um homem excepcional, um visionário e profeta mas sobretudo uma testemunha crível do Evangelho».

O cardeal francês considerou que João Paulo II era um cristão que «resistiu e não cedeu» e comentou que a quem lhe pedia que se demitisse, o Pontífice respondia: «Não. Vou levar a minha cruz até ao fim».

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