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Governo italiano suspende Carnaval de Veneza. Número de casos de coronavírus dispara para 149

Executivo tomou medidas para prevenir contágios sobretudo na região da Lombardia. Morreram duas pessoas com coronavírus desde sexta-feira

O número de doentes com coronavírus em Itália aumenta de hora a hora: ao final da manhã deste domingo, o Governo decidiu suspender os festejos do Carnaval de Veneza, numa altura em que se contam 149 casos de coronavírus, depois de realizadas análises a cerca de 3.000 pessoas com sintomas suspeitos, informou o presidente da Proteção Civil italiana, Angelo Borrelli. Até ao momento foram registadas três mortes.

Estão igualmente proibidas todas as manifestações e eventos desportivos até ao dia 1 de março na Lombardia. 

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O governador da região de Veneto, Luca Zaia, disse que a suspensão do Carnaval entra em vigor ao final da tarde de hoje. O evento, que atrai anualmente dezenas de milhares de pessoas, continuaria até terça-feira.

O Governo italiano anunciara no sábado o isolamento de uma dezena de cidades, em particular na Lombardia (norte), após serem detetados quase 100 casos do novo coronavírus Covid-19 e confirmadas duas mortes desde sexta-feira.

Nas zonas consideradas como de surto, não será autorizada nem a entrada nem a saída, à exceção de autorização particular”, declarou aos media o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte. O chefe de governo anunciou ainda o encerramento de empresas e escolas nessas zonas, e a anulação de todos os eventos públicos (carnavais, competições desportivas, excursões escolares, entre outros).

O surto, que teve origem na China, já infetou mais de 78.000 pessoas em todo o mundo, segundo os números das autoridades de saúde dos cerca de 30 países afetados.

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Em Itália, a maioria dos casos regista-se na Lombardia, com 112 infetados, seguida de Veneto, com 24 casos, dois dos quais na cidade de Veneza.

Em Piacenza, na região de Emilia Romanha, há nove casos confirmados, em Piemonte seis e na Lácio dois, neste caso turistas chineses.

Duas pessoas morreram pela infeção por Covid-19 em Itália, uma na região de Veneto e outra na da Lombardia.

A Proteção Civil não conseguiu até ao momento determinar o “paciente zero”, o primeiro caso em território italiano, pelo que “é difícil prever a propagação” do vírus no país, explicou Borrelli.

O presidente da Lombardia, Attilio Fontana, fez eco destas informações afirmando, numa entrevista à SKYTV24, que os casos no norte de Itália já são “mais de 100” e pedindo ao governo central “controlos acrescidos nas fronteiras”.

Nesta região, a mais rica de Itália, todas as escolas e universidades vão estar encerradas na próxima semana e foi decretada a suspensão de todos os eventos públicos e atividades de caráter comercial.

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A nível nacional, segundo o presidente da Proteção Civil, “há milhares de camas” disponíveis, depois de o exército ter disponibilizado 3.142 camas e a Força Aérea 1.750.

O governo colocou em quarentena 11 cidades da Lombardia e de Veneto para tentar conter o surto, área que totaliza cerca de 52.000 habitantes.

O principal foco do que as autoridades admitem poder ser um surto de Covid-19 autónomo, não-relacionado com a cidade chinesa de Wuhan onde surgiram os primeiros casos, é Codogno, uma localidade de 15.000 habitantes, muitos dos quais trabalham nos arredores de Milão, a capital da Lombardia.

O coronavírus Covid-19 surgiu em dezembro em Hubei, no centro da China, país onde estão registados, a nível continental, 76.936 casos, 2.442 dos quais mortais.

O segundo país mais afetado é o Japão, com 769 casos (três dos quais mortais), incluindo pelo menos 364 no cruzeiro Diamond Princess, onde no sábado foi detetada a infeção de um cidadãos português.

Segue-se a Coreia do Sul, com 556 casos, cinco dos quais mortais.

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Itália surge em quarto lugar dos países e territórios com mais casos, registando 132 casos de infeção por Covid-19, dois deles mortais.

A lista prossegue com Singapura (89 casos), Hong Kong (69, dois mortais), Irão (43 casos, 8 mortais), Estados Unidos e Tailândia, ambos com 35 casos, Taiwan (26 casos, uma morte),Austrália (23), Malásia (22), Alemanha e Vietname, (16 cada um), França (12, um mortal), Emirados Árabes Unidos (11), Macau (10).

Abaixo dos 10 casos registados surgem o Reino Unido e o Canadá com 9, Filipinas e Índia com 3, Rússia e Espanha com 2 e Líbano, Israel, Bélgica, Nepal, Sri Lanka, Suécia, Camboja, Finlândia e Egito com um caso cada.

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