O governo argentino mantém um escrupuloso silêncio sobre a morte da antiga primeira-ministra Margaret Thatcher, a mulher que declarou guerra e venceu a Argentina na luta pela soberania das ilhas Malvinas, em 1982.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, manteve, no entanto, uma intensa atividade numa rede social para trocar impressões com vítimas das recentes inundações que afetaram a província de Buenos Aires e anunciou vários projetos para reformar a Justiça, mas não mencionou nenhuma palavra à morte de Thatcher.
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A agência oficial, Telam, referiu-se a Thatcher como a responsável pelo afundamento do cruzeiro argentino General Belgrano durante a guerra das Malvinas, pese embora, segundo a Argentina, o barco se encontrar fora da zona de exclusão.
A agência recorreu também a uma composição de Miguel Cantilo, autor de clássicos populares do país, para classificar Thatcher como «Senhora violência» e recordou que outros artistas de renome internacional, como Elvis Costelo e Elton John, também criticaram a «Dama de Ferro» nas suas canções.
Margaret Thatcher declarou guerra à Argentina após o desembarque das tropas do país nas Malvinas a 02 de abril de 1982.
A guerra terminou com a rendição argentina a 14 de junho e deixou quase um milhar de mortos, na sua maioria no exército argentino.
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