Pelo menos 115 imigrantes subsaarianos conseguiram saltar o muro fronteiriço que separa Ceuta de Marrocos no dia em que se celebra a Páscoa muçulmana, atacando os guardas com ácido de baterias de carros, cal viva e fezes humanas. Do ataque resultaram sete agentes feridos, tendo um deles sido transportado para o hospital.
Os imigrantes aproveitaram o facto de as forças marroquinas estarem menos alerta, devido à oração coletiva feita ao ar livre que marca o início da Festa do Sacrifício, para fugirem, noticia o La Vanguardia.
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Segundo fontes da Guardia Civil, o assalto ao muro ocorreu por volta das 9:00 locais, quando os imigrantes conseguiram ter acesso à zona fronteira perto da Fazenda Berrocal, onde existe uma maior facilidade para chegar ao perímetro por haver pontos sem visibilidade. Foi também neste local que a 26 de julho, 602 imigrantes conseguiram entrar em Ceuta.
As autoridades espanholas desejaram as melhoras aos agentes através das redes sociais.
Un abrazo con nuestro deseo de pronta recuperación a los 7 guardias civiles heridos por quemaduras de ácido y cal cuando intentaban evitar un intento de entrada de personas a través del vallado del perímetro fronterizo de #Ceutapic.twitter.com/dLBuYdlVei
— Guardia Civil 🇪🇸 (@guardiacivil) 22 de agosto de 2018
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Uma vez em Ceuta, os subsaarianos continuaram em fuga, a caminho do Centro para a Permanência Temporária de Imigrantes (CETI), que ainda está lotado devido à última chegada maciça de imigrantes.
As ambulâncias da Cruz Vermelha, que estavam no local da oração que marca o início da Páscoa muçulmana, tiveram de deixar o local para se deslocarem ao CETI, onde assistiram vários subsaarianos com feridas, cortes e contusões.
O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, expressou publicamente todo o seu apoio às Forças e Corpo de Segurança do Estado, em particular aos agentes da Guardia Civil feridos esta quarta-feira, durante o ataque por parte dos imigrantes.
Todo mi apoyo a las #FCSE que están afrontando de forma ejemplar el desafío migratorio, especialmente a los agentes heridos hoy. El #Gobierno trabaja por el diálogo y la cooperación con países de origen y tránsito y por una gestión común, eficiente y humanitaria de la migración.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) 22 de agosto de 2018
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Em menos de um mês, mais de 800 subsaarianos conseguiram entrar em Ceuta.
Um total de 1.426 migrantes, a maioria da África subsaariana, conseguiu entrar ilegalmente em Ceuta desde janeiro, e quase metade (602) no assalto em massa ao fosso fronteiriço que ocorreu em julho.
Os números do Ministério do Interior de Espanha indicam que, de 1 de janeiro a 15 de julho, 824 imigrantes entraram em Ceuta, para além dos 602 que forçaram a entrada no enclave espanhol do norte de África, aumentando para 1.426 o número de pessoas que entraram na cidade situada na margem sul do Mediterrâneo.
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