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Jornalista paga 500 mil euros por difamação

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Marroquino foi condenado por insinuar que um promotor era homossexual

O jornalista marroquino Rachid Niny, director do jornal Al Masae, diário de maior distribuição no país, foi condenado a pagar seis milhões de dirhams (545.000 euros) de multa por alegada «difamação», noticia a agência Lusa.

A decisão foi tomada pelo juiz Mohamed Alauí, do Tribunal de Primeira Instância de Rabat, na sequência de uma queixa contra o jornal apresentada em Fevereiro passado por quatro promotores do Tribunal de Primeira Instância de Alcazarquivir, no Norte do país, devido a um artigo que insinuava que um dos quatro era homossexual.

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O artigo saiu quando a cidade de Alcazarquivir vivia dias agitados depois de a população se ter sublevado contra uma suposta boda homossexual, cujos participantes foram acusados de «pervertidos sexuais» pelo ministro do Interior e condenados a penas de prisão pelo Tribunal de Primeira Instância de Alcazarquivir. Estas sentenças viriam a ser confirmadas pelo Tribunal de Recurso de Tanger.

O mesmo juiz, conhecido por ser o algoz da imprensa independente de Marrocos, tinha o anterior recorde de três milhões de dirhams (272.500 euros), que impusera já este ano a Abubakr Jamai, director do semanário Le Journal Hebdomadaire, que ante a impossibilidade de pagar a soma teve de demitir-se e exilar-se nos Estados Unidos.

Outros jornalistas foram condenados e presos pelo juiz, que em 2005 foi acusado por um decano dos advogados de Rabat de «seguir instruções do governo contra a imprensa».

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