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Timor: «Perguntem aos indonésios quantos foram os mortos»

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D. Ximenes Belo diz que a contabilidade das vítimas do massacre no cemitério de Santa Cruz ainda não está feita

D. Ximenes Belo, arcebispo resignatário de Díli e Prémio Nobel da Paz, disse quarta-feira que, 17 anos depois do massacre do cemitério de Santa Cruz, ainda está por fazer a contabilidade dos mortos, refere a Lusa.

Convidado para falar sobre o massacre de Santa Cruz na Biblioteca Municipal de Estarreja, D. Ximenes Belo, na época bispo de Díli, disse não se saber ao certo quantas pessoas morreram nos incidentes e relatou os momentos então vividos.

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«Repito aqui o que já disse em Díli em 1991: é melhor perguntar aos indonésios porque foram eles que mataram e foram eles que recolheram os corpos. Até hoje, não sabemos exactamente quantos foram os mortos, os feridos e os desaparecidos, até porque nos meses seguintes os familiares não comunicavam que os filhos estavam desaparecidos com medo de represálias das autoridades indonésias», disse.

Para D. Xímenes Belo, o massacre de Santa Cruz foi decisivo para Timor-Leste conseguir a independência.

«Respeitando as famílias que perderam os seus filhos, podemos afirmar que as vidas dos jovens massacrados no dia 12 de Novembro de 1991 serviram de trampolim para a continuação da luta e independência de jure e de facto de Timor-Leste».

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