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Egipto: ElBaradei admite candidatar-se a presidente

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Nobel da Paz e líder da oposição afirma-se «disponível» para o cargo

ACTUALIZADA ÀS 23h21

O Nobel da Paz Mohamed ElBaradei poderá concorrer nas próximas eleições presidenciais no Egipto, que estão marcadas para Setembro, tendo admitido suceder a Hosni Mubarak.

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«Claro que quero ter um papel no futuro, mas quem se candidatará não é muito importante neste momento. Mas claro que, se o povo quiser, eu estarei obviamente disponível», disse ao jornal austríaco «Der Standard».

Aquele que é visto como o líder da oposição no Egipto insistiu que Mubarak deve demitir-se imediatamente e com «dignidade».

«Eu sou um agente de mudança no Egipto. Se surgir [a candidatura à Presidência], então terei feito o meu dever. Eu estou acima dos partidos, o que me dá mais flexibilidade para me fazer entender», acrescentou.

ElBaradei já se tinha dito pronto para assumir a liderança de um governo de transição no Egipto, de forma interina, se a população assim o desejasse.

«Se as pessoas, particularmente os jovens, se elas quiserem que eu lidere a transição, eu não as desapontarei», declarou na semana passada.

No Cairo, a Praça Tahrir continuou esta sexta-feira repleta de opositores ao actual presidente que garantem que não vão sair dali enquanto Hosni Mubarak não sair.

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No chamado «dia da partida», as manifestações foram mais pacíficas porque o exército egípcio impediu a investida de grupos pró-Mubarak.

Obama apela a demissão

O presidente dos EUA, Barack Obama, deixou entender que o seu homólogo egípcio, deveria sair imediatamente do poder, sem apelar explicitamente à demissão, avança a AFP.

O chefe de Estado egípcio «deve dar atenção à reclamação das pessoas e tomar uma decisão ordenada, construtiva e séria», afirmou Obama, durante uma conferência de imprensa comum com o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper.

«Penso que o presidente Mubarak se preocupa com o seu país. Ele é orgulhoso, mas também é um patriota», acrescentou, sugerindo, embora sem o fazer claramente, a partida do presidente egípcio, contestado há 11 dias por uma revolta popular inédita, que pretende a sua saída imediata.

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