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Líderes da UE pressionam Mubarak e pedem transição imediata

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«Todos as partes deve mostrar contenção e evitar mais violência», dizem os 27. Dois feridos na Praça Tahrir

ACTUALIZADA ÀS 18h56

Os líderes da União Europeia apelaram às autoridades egípcias para iniciarem de imediato um processo de transição de poder do actual regime para um governo de base alargada.

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Num comunicado conjunto, os líderes dos 27 estados, que estiveram reunidos em Bruxelas, manifestaram «preocupação com a deterioração da situação no Egipto».

«Todos as partes devem mostrar contenção e evitar mais violência e iniciar uma transição ordeira para um governo de base alargada», refere o documento citado pela agência Reuters.

«O Conselho Europeu sublinha que esse processo de transição deve começar agora», frisa a nota.

Para a UE é fundamental que o governo actual egípcio responda as exigências do povo com «reforma e não com repressão».

O regime liderado pelo presidente Hosni Mubarak está sob intensa pressão. O primeiro-ministro egípcio, Ahmed Shafiq, disse esta sexta-feira, em entrevista à Al-Arabiya, que é «improvável» que o presidente entregue os poderes ao vice, Omar Suleiman, e defende mesmo a sua continuidade até às eleições presidenciais de Setembro.

Depois de dois dias marcados por confrontos entre apoiantes seus e os manifestantes que pedem há mais de dez dias a saída do actual chefe de Estado do poder na Praça Tahrir, no Cairo, esta sexta-feira tem sido mais pacífica.

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Depois das orações, centenas de milhares de pessoas reuniram no centro da capital e de outras grandes cidades, como Alexandria, naquele que foi baptizado como o «dia da partida» de Hosni Mubarak.

No entanto, mais tarde, apoiantes do presidente tentaram aproximar-se dos opositores e registaram-se alguns confrontos. Há pelo menos dois feridos e os ânimos entretanto acalmaram.

Os EUA, um aliado do Egipto e do actual presidente, também já estarão a discutir a saída do poder de Mubarak e transferência do poder para um governo de transição, que poderia ser dirigido pelo recém-nomeado vice-presidente, Omar Suleiman.

Contudo, os manifestantes têm exigido a saída do poder de todos os elementos ligados ao presidente, um grupo de que Suleiman faz parte.

Esta sexta-feira foi também o dia de um episódio inédito nos últimos dias. O ministro da Defesa, Mohammed Hussein, esteve de visita à praça, ao lado dos militares, para avaliar a situação.

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