A pirataria marítima contra navios no globo aumentou 14 por cento nos primeiros nove meses deste ano em relação a 2006 com a Somália e a Nigéria a registarem as maiores subidas, afirmou uma autoridade marítima na terça-feira, escreve a Lusa.
Foi registado um total de 198 ataques a navios entre Janeiro e Setembro deste ano, um número bem mais elevado que os 174 em idêntico período do ano passado.
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15 navios foram sequestrados, 63 tripulantes foram raptados e três foram mortos.
O Departamento Marítimo Internacional alertou que «se esta tendência se mantiver, quebrar-se-á o declínio da pirataria, que se vinha a registar desde 2004».
Apesar de África registar valores preocupantes, o Estreito de Malaca, no Sudeste asiático, que é uma das rotas marítimas mais utilizadas, tem estado relativamente calmo, segundo um relatório do Departamento Marítimo Internacional.
A Indonésia mantém-se como o local com mais casos de assaltos armados a embarcações com 37 actos de pirataria registados nos primeiros nove meses de 2007, o que representa, no entanto, um decréscimo de 40 porcento em relação ao mesmo período de 2006.
Tanto a Somália como a Nigéria registaram 26 casos, respectivamente mais oito e nove casos que em 2006.
O director do Departamento Marítimo Internacional, Pottengal Mukundan, apelou para que os navios se mantenham afastados das costas destes dois países.
«O nível de violência nestas áreas é muito elevado e é inaceitável. Os piratas na Somália actuam com impunidade, capturam navios a centenas de milhas da costa e mantêm embarcações e tripulação em seu poder para exigir um resgate, sem necessitarem de esconder a sua actividade», disse.
Acrescentou ainda que a redução para metade dos casos registados em Malaca se deve à cooperação entre Estados na vigilância das águas.
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