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Crianças: cuidado com o lhes dá a comer

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Várias empresas de alimentos dirigidos a jovens estão a apostar na publicidade através da Internet, meio que os pais controlam menos, alertou quinta-feira a Direcção Geral do Consumidor na sequência de um estudo do Observatório da Publicidade, noticia a agência Lusa.

«As empresas de alimentos dirigidos a jovens estão a apostar fortemente na publicidade pela Internet, nomeadamente com o recurso a jogos» sobretudo quando se trata de «alimentos açucarados (guloseimas e sobremesas), refrigerantes e combinados salgados», revela a Direcção Geral do Consumidor em comunicado.

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Ainda segundo o estudo do Observatório da Publicidade (entidade que reúne a Direcção Geral do Consumidor e a Escola Superior de Comunicação Social), «apenas 32,5 por cento das páginas transmitem informação sobre hábitos alimentares saudáveis», o que mostra que «este meio de publicidade não favorece uma dieta equilibrada».

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Perante estas conclusões, a Direcção Geral do Consumidor lança um alerta aos pais «para que estejam atentos a estas solicitações de que os seus filhos são alvo e que facilmente lhes passam despercebidas».

Realizado entre Julho e Dezembro de 2007, o estudo baseou-se numa amostra de 40 sítios de produtos alimentares e procurou conhecer as formas de divulgação de anúncios a alimentos dirigidos aos jovens, o formato dos mesmos e a informação que contêm.

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A análise mostrou que a expressão «vitaminas e minerais» está presente em 40 por cento dos sítios, enquanto a adjectivação «fonte de» ou «forte/rico em» se expressa em cerca de um terço, sendo transmitida a ideia de que os alimentos promovidos dão«força, energia e ajudam ao crescimento».

O Observatório da Publicidade assinala que o interesse dos anunciantes pela publicidade online se justifica pelas vantagens da Internet em relação a outros canais publicitários como a televisão.

Além dos baixos custos da produção publicitária online, do maior dinamismo das mensagens e da maior acessibilidade (365 dias por ano, 24 horas por dia), nesta recente plataforma de comunicação «em vez de prender a atenção das crianças e das audiências durante 30 segundos, os anunciantes têm oportunidade de a prender durante alguns minutos, sobretudo se os sites contiverem jogos», sublinha o comunicado.

E uma das formas mais eficazes de atrair a atenção do público infanto-juvenil é precisamente através dos chamados «advergames», jogos electrónicos que combinam o entretenimento com a publicidade, tendo o estudo identificado mais de 309 «advergames» que têm em comum a preocupação de levar a criança a visualizar os elementos identificadores do produto e da marca enquanto joga no computador.

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Quanto ao tipo de «advergames» encontrados, o Observatório da Publicidade nota que os jogos que envolvem agilidade são os que existem em maior percentagem (49,8 por cento), predominando os jogos tipo puzzle, de aventura ou com labirintos.

«São os que mais atraem as crianças, quer pelas capacidades que possuem em destreza, quer pelas aprendizagens que vão efectuando no seu desenvolvimento psicomotor», refere o estudo, segundo o qual «enquanto o jogo decorre, são efectuadas inserções publicitárias para criar e manter a relação da criança com a marca».

Em 90 por cento dos casos, as empresas associam aos «advergames» a personagem-mascote da marca ou outras personagens com influência no imaginário infantil, para que a criança se identifique com o produto.

Para fidelizar o público, os sítios recorrem a passatempos, concursos e outras promoções e apostam no chamado «marketing viral», procurando que cada consumidor se transforme em líder de opinião e recomende as páginas a outras pessoas.

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