O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, considerou hoje que o Brasil é «uma economia muito limpa», no primeiro dos três dias da visita que realiza a este país, referiram fontes oficiais.
A deslocação ao Brasil encerra a primeira digressão de Ban pela América Latina, desde que assumiu o posto, em Janeiro último, e em que realçou sempre a luta contra as alterações climatéricas.
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Antes do Brasil, Ban visitou a Argentina e o Chile, tendo a oportunidade de se deslocar brevemente à Antártida para conhecer o problema do degelo «in loco».
Além disso, participou na Cimeira Ibero-Americana, que decorreu na passada semana em Santiago do Chile, e, durante a sua visita à Argentina, manteve encontros com o presidente Nestor Kirchner e a mulher, Cristina Fernandes, presidente-eleita.
No Brasil, o líder da ONU deslocou-se hoje à localidade de Jaboticabal, no interior do Estado de São Paulo, para visitar uma central de produção de etanol, um álcool combustível que o Brasil está a promover intensamente para substituir em parte o petróleo.
Durante a visita, Ban sublinhou que o Brasil é um «gigante verde tranquilo», pois foi «um dos poucos» países que produziu «com êxito» combustíveis de origem vegetal, referiram fontes da ONU.
O diplomata chamou também a atenção para a controvérsia devido aos efeitos negativos que os biocombustíveis poderão provocar na produção de alimentos. «Cada país tem que pôr na balança os benefícios e os custos», sublinhou, recordando que a indústria dos combustíveis «verdes» está a criar muito emprego «em regiões pobres do Brasil».
Segunda-feira, o secretário-geral da ONU deverá reunir-se, em Brasília, com o Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, com quem almoçará e discutirá questões políticas, à margem da temática ambiental.
Segundo fontes diplomáticas, Ban e Lula falarão do projecto de reforma do Conselho de Segurança da ONU, organismo a que o Brasil aspira aceder enquanto membro permanente.
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