O Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros quer sensibilizar o país para se manifestar contra o desastre do avião da TAM. O protesto toma a forma de um minuto de silêncio no dia 17 de Agosto às 13 horas, na próxima quinta-feira, em algumas zonas de São Paulo e de Porto Alegre.
O movimento organizado pela Ordem de Advogados do Brasil apela também ao fim de acontecimentos quotidianos violentos que já caracterizam o país: a insegurança, a corrupção, o tráfico de droga, a violência gratuita e as crianças abandonadas.
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A divulgação desta iniciativa está no blogue «Cansei» com o horário em que serão realizados os actos cívicos, do qual faz parte o hino nacional e um minuto de silêncio.
A organização lançou um vídeo de apresentação no YouTube, onde pessoas de todas as raças e condições sociais aparecem com cartazes e divulgam ao mundo que estão dispostas a fazer alguma coisa acerca dos maiores problemas do Brasil e falam do «caos aéreo», dos «traficantes» de droga, das «crianças na rua e não na escola», dos «empresários corruptos», das «balas perdidas» e do «medo de parar no sinal», que é muitas vezes sinónimo de assaltos. O fim da peça mostra dois homens «cansados de não fazer nada», pedindo implicitamente que as pessoas se manifestem através do silêncio, em vez da indiferença.
«Com o silêncio, a sociedade poderá expressar a sua solidariedade e indignação de forma pacífica, equilibrada e organizada», disse Luiz Flávio Borges, o presidente da Ordem de Advogados, criadora do movimento.
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O protesto tem o apoio de diversos artistas como Ivete Sangalo e Regina Duarte, que fazem o cartaz da organização, e também de outras personalidades como empresários e representantes de várias correntes religiosas. A Ordem de Advogados de São Paulo espera que a manifestação chegue a outras cidades do país.
A campanha publicitária começou no dia 27 de Julho e pretende continuar em formato de debate virtual até à «manifestação democrática» dos brasileiros.
«Com esta campanha, o Movimento pretende lembrar à população que a cidadania não é algo que se exerce apenas pelo voto, de quatro em quatro anos», afirmou Luiz Flávio.
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