O Papa Bento XVI aprovou esta sexta-feira a publicação do decreto que comprova um milagre atribuído a João Paulo II.
A sala de imprensa da Santa Sé anunciou, entretanto, que a beatificação vai decorrer a 1 de Maio, Domingo da Divina Misericórdia.
PUB
Segundo a Agência Ecclesia, o milagre agora comprovado refere-se à cura da freira francesa Marie Simon Pierre, que sofria da doença de Parkinson.
A religiosa pertence à congregação das Irmãzinhas das Maternidades Católicas e trabalha em Paris, tendo superado, em 2005, todos os sintomas da doença de que sofria há quatro anos.
A decisão abriu caminho, em definitivo, à beatificação do Papa polaco, que liderou a Igreja Católica entre 1978 e Abril de 2005, quando faleceu.
Recorde o Papa João Paulo II - o último adeus:
Esta beatificação vai ocorrer num prazo muito inferior ao período de cinco anos habitualmente respeitado antes de iniciar qualquer procedimento.
A rapidez é explicada pela «reputação de santo atribuída ao papa João Paulo II em vida, na morte e após a morte», indicou o Vaticano em comunicado.
PUB
Na sexta-feira, o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Angelo Amato, comunicou a decisão numa audiência com Bento XVI, que assinou o decreto de reconhecimento do milagre e a fixar a data da cerimónia no Vaticano, no segundo domingo após a Páscoa.
O processo de João Paulo II, papa durante 27 anos, foi lançado muito rapidamente após a sua morte. Durante as cerimónias fúnebres, muitos fiéis na Praça São Pedro gritaram: «Santo subito!» (Santo já!).
Uma vez beatificado e para que o papa polaco se torne santo, será preciso que um segundo milagre lhe seja atribuído.
Conferência Episcopal Portuguesa congratula-se com anúncio da beatificação
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) já se congratulou com o anúncio da beatificação de João Paulo II.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da CEP, Jorge Ortiga, elogiou João Paulo II. «Foi um homem que tinha uma paixão muito grande pela Igreja e sabia que esta sua paixão era um renovar a mesma Igreja para que estivesse presente no mundo».
PUB
Para Jorge Ortiga, «a sua morte foi como que uma confirmação disso».
«Praticamente tinha quase que o mundo aos seus pés, todo o mundo celebrou perante o testemunho da sua vida» declarou o presidente da CEP.
Jorge Ortiga considera a beatificação uma «confirmação daquilo que deve ser uma das características fundamentais da Igreja nos tempos que correm»: mostrar que «hoje também ser santo é possível».
PUB