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Governo português desilude advogados de Guantánamo

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«Precisamos que os países europeus assumam a liderança na questão do realojamento dos detidos»

Há uma semana em Portugal, os advogados dos oito detidos em Guantánamo, que esperam ser acolhidos em Portugal, estão desiludidos com a indisponibilidade manifestada pelo Governo português.

O grupo de advogados veio a Portugal para se reunir com as autoridades, com o propósito de discutir o estatuto e as condições de realojamento dos seus clientes. No entanto, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, não respondeu e o Ministro da Administração Interna recusou o convite para o encontro.

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«Estamos decepcionados por não podermos reunir desta vez, mas continuamos com a esperança de reunir com estes ministros agora ou no futuro próximo, tendo em conta que é um assunto urgente», disse Pardiss Kebriaei, do Centro para Direitos Constitucionais, em comunicado.

Em Março de 2008, o Centro para Direitos Constitucionais e Reprieve (organizações que representam os detidos em Guantánamo), juntamente com a Amnistia Internacional, a Human Rights Watch e a FDIH, apelaram ao governo português que aceitasse oito homens detidos na prisão de Guantánamo.

«Queremos simplesmente partilhar informações sobre os nossos clientes e esclarecer o Governo da forma que for considerada mais útil, porque já reunimos inúmeras vezes com estes homens, temos investigado os casos minuciosamente e conhecemos as histórias intimamente», disse Kebriaei.

«Vamos receber dois ou três prisioneiros»

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Acontece que Portugal apenas se propõe a receber «dois ou três» prisioneiros, em vez dos oito propostos pela aliança dos ONG, situação que preocupa os advogados dos prisioneiros.

«Precisamos que os países europeus assumam a liderança na questão do realojamento dos detidos. Portugal assumiu esse papel como o primeiro país europeu a expressar a disposição de aceitar presos de Guantánamo. Esperamos que as palavras dêem lugar a acções concretas, através do acolhimento dos oito homens desejam vir para Portugal», disse Ahmed Ghappour, advogado da Reprive.

Numa conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, nas instalações da Amnistia Internacional Portugal, o advogado defendeu que «é urgente agir agora para cumprir a data de fecho de Guantánamo avançada pela Administração de Obama, em Janeiro de 2010».

Os advogados Pardiss Kebriaei e Ahmed Ghassour, representam 40 dos 231 prisioneiros ainda detidos em Guantánamo, prisão que visitaram recentemente.

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