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Notícias de saques e pilhagens na Guiné-Bissau

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Casa da Presidente do Supremo Tribunal de Justiça está a ser pilhada. Comunicado denuncia «acordo secreto» com Angola para atacar as Forças Armadas guineenses

A situação na Guiné-Bissau voltou a ficar tensa, depois de o país ter amanhecido mais calmo esta sexta-feira. Há relatos de saques e pilhagens na casa da presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maria do Céu Monteiro. No seu blog «Ditadura do Consenso», o jornalista António Aly Silva conta que «há cada vez mais militares nas ruas e alguns circulam mesmo em viaturas civis».

«A situação voltou a estar tensa, sinal de que alguma coisa não está bem», relata o jornalista.

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Uma outra fonte na Guiné-Bissau relatou à TVI, por e-mail e por SMS, notícias de ataques às casas de altas figuras do Estado guineense e outras figuras públicas. Foram vandalizadas as residências do ministro do Comério, Botché Candé, do presidente da comissão Nacional de Eleições (CNE), Desejado Lima da Costa, e do secretário de Estado dos Transportes, José Carlos Esteves. Ao presidente da CNE terão mesmo morto o cão da casa, assim como a um dos sócios da Petromar, cuja sede foi assaltada.

Informações contraditórias sobre primeiro-ministro

As informações sobre o paradeiro do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, são contraditórias. A mulher do chefe de Governo guineense assegura que ele foi levado por militares, «numa carrinha», que partiu para «destino desconhecido». Carlos Gomes Júnior estará assim sob custódia dos militares, assim como o presidente interino, Raimundo Pereira, e um número ainda não determinado de outros membros do Governo.

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Contudo, o jornalista António Aly Silva diz que falou com um familiar direto do primeiro-ministro, que lhe garantiu que este estaria num lugar seguro. Não é assim claro se os militares que levaram o primeiro-ministro pertencem aos militares revoltosos ou se o terão levado para o protegerem.

«Comando Militar» denuncia «acordo secreto» com Angola

Entretanto, o auto-denominado «Comando Militar» publicou um comunicado justificando a revolta militar com um alegado «acordo secreto» entre a Guiné-Bissau e Angola para atacar as Forças Armadas Nacionais. O «Comando Militar» diz que «não ambiciona o poder», mas alega ter sido forçado a agir para defender as Forças Armadas guineenses de uma suposta agressão que seria conduzida pelas Forças Armadas de Angola no âmbito da União Africana.

O «Comando Militar» afirma ter na sua posse um «documento secreto» que teria sido elaborado pelo Governo de Bissau dando mandato às forças angolanas, ao abrigo da União Africana, para atacarem os militares guineenses. O texto afirma que o referido «acordo secreto» foi assinado pelo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e pelo presidente interino, Raimundo Pereira.

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«O Comando Militar está na posse de um documento secreto visando legitimar a intervenção de Angola, através de um mandato do Conselho de Segurança e Paz da União Africana. Esse documento redigido por juristas (cujos nomes os militares dizem não revelar por enquanto) é assinado pelo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e pelo Presidente interino, Raimundo Pereira», diz o comunicado.

«O Comando não ambiciona o poder, mas foi forçado a agir desta forma para se defender das investidas diplomáticas do Governo guineense, que visa aniquilar as Forças Armadas da Guiné-Bissau através de forças estrangeiras», salienta ainda o documento.

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