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Príncipe Harry visita campo de minas em Angola onde Diana esteve há 22 anos

Esta etapa do seu percurso de dez dias por África é, segundo um comunicado da casa real britânica, a mais "significativa e comovente" para o príncipe, cujo título oficial é Duque de Sussex

O príncipe britânico Harry visitou esta sexta-feira um antigo campo de minas terrestres no Huambo, Angola, visitado há 22 anos pela mãe, Diana de Gales, na etapa "mais significativa e comovente" do seu périplo de 10 dias pela África Austral.

O representante da família real britânica chegou a Angola ao final do dia de quinta-feira, depois de ter estado na Cidade do Cabo, na África do Sul e no Botsuana, e esteve no Huambo, no planalto central de Angola, onde visitou um campo de desminagem da organização britânica Halo Trust.

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Esta não é a primeira vez que o príncipe Harry, do Reino Unido, visita Angola.

Em 2013 esteve no país e mostrou-se “irritado” com alguns países que falharam nas operações de desminagem em África e que foram promovidas pela mãe, Diana de Gales.

Harry, o quarto na linha de sucessão ao trono britânico, visitou em 2013 zonas minadas em Angola tendo-se deslocado ao Cuito Cuanavale, no sul do país, apontada como a região com o maior número de minas em todo o continente africano.

Esta etapa do seu percurso de dez dias por África é, segundo um comunicado da casa real britânica, a mais "significativa e comovente" para o príncipe, cujo título oficial é Duque de Sussex.

Harry visitaou, no Huambo, uma zona antes ameaçada por minas terrestres, cuja campanha para limpeza a princesa Diana ajudou ao deixar-se fotografar em 1997, atraindo atenção mundial para o problema.

Atualmente, alguns destes campos têm escolas, lojas e casas, resultado das operações de desminagem da Halo Trust e de outras organizações, financiadas parcialmente pelo Governo britânico.

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Durante a visita, o príncipe Harry encontrou algumas das pessoas que contactaram com a mãe, nomeadamente a atual governadora da província, Joana Lina.

Acompanhado por vários elementos do executivo angolano, entre os quais as ministras de Estado, Carolina Cerqueira, e da Ação Social, Faustina Alves, tempo para visitar o Centro Ortopédico do Huambo, que vai passar a chamar-se Princesa Diana, antes de viajar para Luanda.

No sábado, o príncipe Harry será recebido pelo Presidente angolano, João Lourenço, no palácio da Cidade Alta, e depois deverá visitar a maternidade do Hospital Lucrécia Paim para conhecer a campanha "Nascer Livre para Brilhar", que visa reduzir a transmissão do HIV/Sida entre mãe para filhos.

A visita do Príncipe Harry a Angola acontece ao quarto dia do itinerário de dez dias, que começou na segunda-feira na Cidade do Cabo, África do Sul, onde chegou acompanhado pela mulher, Meghan Markle, e pelo filho, Archie Harrison, e de onde seguiu na quarta-feira para o Botsuana, sozinho.

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Depois de visitar Angola, Harry vai estar ainda três dias no Maláui, antes de regressar à África do Sul, onde, em conjunto com Meghan Markle, vai encontrar-se com a antiga primeira dama Graça Machel, concluindo a visita com uma audiência com o Presidente, Cyril Ramaphosa.

Segundo o Palácio de Buckingham, "o amor do Duque de Sussex pela África é bem conhecido; ele visitou o continente pela primeira vez aos 13 anos e, mais de duas décadas depois, as pessoas, cultura e vida selvagem resiliência das comunidades continuam a inspirá-lo e motivá-lo".

O desejo da princesa Diana de banir as minas antipessoais foi cumprido no final de 1997, já depois da sua morte, com a assinatura da Convenção sobre a Proibição do Uso, Armazenamento, Produção e Transferência de Minas Antipessoais, conhecida como Convenção de Ottawa, de que são signatários 157 países, entre os quais Angola.

Estima-se que existam cerca de 60 mil angolanos que ficaram mutilados devido ao rebentamento de minas de guerra, das quais cerca de 40% são mulheres.

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