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China vai construir aeroporto no Tibete

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A zona foi palco dos últimos protestos anti-China no país

A China vai construir um novo aeroporto na região do Tibete onde ocorreram as manifestações contra a administração chinesa na região, anunciou esta quinta-feira a agência oficial chinesa, noticia a agência Lusa.

O investimento estimado em 700 milhões de renminbi (cerca de 62,8 milhões de euros), o novo aeroporto vai ser construído na província de Gansu, no noroeste do país, sob alçada da Prefeitura Tibetana Autónoma de Gannan, e estará pronto em 2010, de acordo com a agência estatal Nova China.

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Gannan foi palco dos últimos protestos anti-China no Tibete, depois das manifestações em Lassa, capital tibetana, que mais tarde se espalharam às províncias chinesas vizinhas onde vivem comunidades tibetanas.

A região de Gannan tem uma população de cerca de 680 mil habitantes e mais de metade são tibetanos, segundo a Nova China.

A localização exacta do aeroporto ainda não está decidida, mas a proposta apresentou um plano para a infra-estrutura ser construída a cerca de 50 quilómetros da cidade mais próxima, em Hezuo, onde também ocorreram protestos anti-China.

Mais de 150 mortos na repressão chinesa

Os líderes tibetanos no exílio afirmam que mais de 150 pessoas morreram na repressão chinesa levada a cabo para deter as demonstrações anti-China que eclodiram em Lassa no dia 10 de Março.

Pequim insiste que as autoridades chinesas agiram sempre com a máxima contenção e culpa os manifestantes tibetanos da morte das 20 pessoas inocentes que morreram no decorrer dos tumultos violentos.

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O Governo chinês continua a divulgar o investimento em infra-estruturas e as iniciativas de desenvolvimento nas regiões ocidentais do país, onde vivem comunidades de etnias minoritárias como os tibetanos e os Uighur.

Em 2006, a China mandou construir a primeira linha de caminho-de-ferro entre o Tibete e a China, uma obra que Pequim fez questão de assinalar como uma vantagem para impulsionar o crescimento económico da economia tibetana pouco desenvolvida.

Mas os críticos apontaram que novas infraestruturas como os caminhos-de-ferro estão a permitir que a maioria étnica chinesa dos Han domine a região dos Himalaias, explorando os seus recursos e consolidando o controlo central político chinês no Tibete.

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