Dois portugueses estão entre 60 pessoas detidas esta quinta-feira numa operação policial espanhola que desmantelou uma rede de exploração sexual que terá enviado para Espanha mais de 2 mil mulheres, contra a sua vontade, noticia a agência Lusa.
A rede, que utilizava cinco clubes de alterne na região de Almeria, explorava sobretudo mulheres da Rússia enviadas para Espanha, onde eram mantidas durante vários meses.
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Em conferência de imprensa, o delegado do governo da Andaluzia, Juan José López Garzón, explicou que a operação decorreu durante a madrugada e manhã de hoje, abrangendo, além dos cinco clubes, vários domicílios da zona de El Ejido e Roquetas de Mar.
Nessas rusgas foram detidas 13 pessoas considerados os principais responsáveis da rede e que foram acusados de tráfico ilegal de pessoas para a sua exploração sexual, vários delitos relacionados com a prostituição e contra direitos dos cidadãos estrangeiros e dos trabalhadores.
Além dos dois portugueses, identificados apenas pelas iniciais J.N.G. e B.F.A.N, foram ainda detidos seis russos, dois homens e quatro mulheres, três espanhóis, um ucraniano e um búlgaro.
Por estarem ilegalmente em Espanha foram detidas 17 mulheres nos clubes Barrica e Glass, outras 17 no clube Glamour, e 13 no Clube Zambra.
Todas as mulheres, russas, declararam perante os agentes terem sido forçadas a prostituir-se depois de serem captadas na Rússia para viajar para Espanha como turistas.
A investigação continua em curso.
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