David Cameron está eufórico e tem razões para isso. Não só venceu as eleições como, já é oficial, com uma inesperada maioria absoluta. Logo depois de se reunir com a Rainha de Inglaterra, anunciou que vai formar um governo conservador maioritário e a realização de um referendo à permanência ou saída do Reino Unido da União Europeia.
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Os Conservadores garantiram os lugares suficientes na Câmara dos Comuns, o parlamento britânico, para governar em pleno: 331 deputados (precisava de 326). Dão-se, até, ao luxo de poderem prescindir da coligação que vinha da última legislatura.
Os seus parceiros Liberais Democratas sofreram uma pesada derrota, conseguindo eleger apenas oito deputados. O líder Nick Clegg foi consequente e pediu a demissão. Afinal de contas, perdeu 48 lugares.
Contra todas as expectativas, contra todas as sondagens, o partido conseguiu "a vitória mais doce de todas" como classificou David Cameron, numa reunião com a sua equipa de campanha.
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Numa altura em que até o seu próprio partido já equacionava nomes para o substituir, David Cameron não só não foi despejado do número 10 de Downing Street, como regressa com poderes reforçados.
Com o PIB a aumentar e o desemprego a descer, ele sabe que a economia lhe terá valido as eleições. Foi precisamente sobre a economia que falou em primeiro lugar entre os compromissos para os próximos cinco anos.
O homem que continuará à frente do governo do Reino Unido já está reunido com a Rainha de Inglaterra, segundo a BBC:
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O líder dos Trabalhistas, Ed Miliband, o grande derrotado destas eleições, assumiu "a absoluta e total responsabilidade pelo resultado", anunciando a demissão. Esperava-se que o seu partido fizesse destas eleições uma luta renhida, uma disputa taco a taco. Acabou por conseguir apenas 232 deputados. Perdeu muito: 48 assentos no parlamento.
Também o presidente do antieuropeu UKIP, Nigel Farage, cumpriu a sua "palavra" e , conseguindo eleger apenas um deputado, anunciou a sua saída. Ainda assim, o polémico eurodeputado - que é conta a União Europeia - deixou no ar a possibilidade de se recandidatar à liderança em setembro.
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Como? Conforme faz notar a BBC, o mais fácil é exemplificar com uma votação envolvendo todos os deputados. Com 331 conservadores, em teoria, todos os outros deputados juntos serão 319. Ora, se o total são 650 assentos é só fazer as contas: os conservadores ganham a votação por 12 votos.
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