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Grão Mestre da Ordem de Malta, Giacomo Della Torre, morre aos 75 anos

Morte foi comunicada através de uma nota da instituição católica cuja origem remonta ao ano 1048

O Grão Mestre da Soberana Ordem de Malta, o italiano Giacomo Dalla Torre del Tempio de Sanguinetto, eleito em maio de 2018 após a crise da instituição que obrigou à intervenção do Papa Francisco, morreu esta quarta-feira aos 75 anos anos de "doença grave".   

A morte foi comunicada através de uma nota da instituição católica cuja origem remonta ao ano 1048, época das Cruzadas, e que é formada por laicos de famílias nobres que atualmente se dedicam a obras humanitárias. 

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Segundo o artigo 17 da Constituição da Soberana Ordem de Malta, as funções passam temporariamente para o Grande Comandante, o português Rui Gonçalo do Valle Peixoto de Villas Boas.

Dalla Torre foi eleito para o cargo, de caráter vitalício, depois de o Papa Francisco ter interferido na demissão do anterior grão-mestre, Matthew Festing, de 67 anos.

Festing tinha recusado colaborar com uma comissão de investigação nomeada pelo Papa denunciando ingerência por parte do Vaticano na soberania da Ordem de Malta.

O Vaticano tinha pedido uma investigação logo após a demissão do chanceler da Ordem de Malta, Albrecht Freiherr von Boeselager, acusado de ter impedido a distribuição de preservativos por parte de algumas organizações não-governamentais que colaboram com a ordem em países de África e da Ásia. 

Dalla Torre, era considerado nos meios da Igreja um homem de mediação e de consensos.

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Nasceu em Roma em 1944 e era licenciado em Humanidades pela Universidade de Roma, em Arqueologia Cristã e História da Arte.

Em 1985 forma parte da Soberana Ordem de Malta tomando os votos solenes em 1993.

De 1994 a 1999 fui prior da Lombardia e Veneza e de 1999 a 2004 foi membro do Conselho Soberano da instituição.

De acordo com a Ordem de Malta, Dalla Torre que morreu pouco depois da meia-noite tinha informado, em fevereiro, por carta os membros da ordem e familiares que "sofria de uma grave doença", que não foi especificada.

A realização das eleições para o cargo de Grão Mestre deve decorrer nos próximos meses, respeitando uma série de procedimentos obrigatórios.

A instituição leva a cabo atividades humanitárias em mais de 120 países e conta com 13.500 membros e 80 mil voluntários.

A ordem administra hospitais, centros médicos, clínicas, lares de terceira idade e centros de apoio a deficientes, doentes terminais assim como dispõem de uma equipa de emergência em caso de desastres naturais e conflitos armados.

A Ordem de Malta mantém relações diplomáticas bilaterais com 110 estados, relações oficiais com seis Estados, relações ao nível de embaixador com a União Europeia e é membro observador permanente das Nações Unidas.

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