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Geórgia: decretado estado de excepção em Tbilissi

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Presidente acusa Rússia de estar por detrás de manifestações

Última actualização às 19:54

Foi decretado o estado de excepção na capital da Geórgia, Tbilissi, durante as próximas 48 horas. Esta medida, tomada pelo presidente do país, Mikhail Saakashvili, foi motivada pelos protestos dos últimos dias que se fazem sentir na cidade e que esta terça-feira a transformaram em palco de uma verdadeira batalha campal, entre manifestantes e autoridades.

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O chefe de Estado aponta o dedo à Rússia, que acusa de estar por detrás da revolta popular, e já chamou o embaixador em Moscovo para consultas. Da mesma forma, também já foram pedidas explicações ao embaixador russo em Tbilissi.

Três diplomatas russos expulsos. Moscovo reage

O presidente georgiano anunciou que três diplomatas da embaixada russa irão ser expulsos, alegadamente por terem mantido contactos com a oposição. Segundo noticia a agência Lusa, a Rússia qualificou esta uma «provocação política irresponsável» e prometeu uma resposta apropriada.

«As autoridades georgianas adoptaram novas atitudes hostis contra a Rússia», declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo em comunicado, citado pela agência noticiosa.

Trata-se de «uma provocação política irresponsável, que será respondida de forma apropriada», sublinha.

No comunicado, o governo russo apela para que «todos os que têm uma influência directa sobre Tbilissi advirtam as autoridades georgianas contra outros passos destrutivas que poderão ter consequências imprevisíveis».

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Numa mensagem transmitida em directo, na televisão pública da Geórgia, o chefe de estado disse ter «provas das actividades subversivas dos serviços secretos russo em território georgiano».

Os protestos populares vão já no seu sexto dia. Os manifestantes acusam o presidente Saakashvili, pró-ocidental, de ser corrupto.

As relações entre Tbilissi e Moscovo atingiram o seu máximo ponto de tensão quando o chefe de estado goergiano anunciou no ano passado a intenção do seu país entrar na NATO, assim como recuperar a soberania de duas províncias pró-russas.

Os confrontos de hoje fizeram com que cerca de 400 pessoas tivessem de receber tratamento hospitalar. Na tentativa de controlar os manifestantes, a polícia recorreu a gás lacrimogéneo, canhões de água e balas de borracha.

Duas televisões privadas encerradas

Duas estações de televisão privadas georgianas foram encerradas, na sequência dos protestos de hoje. De acordo com o sítio noticioso russo Russia Today, a estação Imedi foi alvo de um raid policial e a sua emissão suspensa. Ao mesmo tempo, o canal televisivo Kavkasia também foi interrompido.

O sítio russo refere que terão saído à rua cerca de 70 mil manifestantes e que muitos deles participaram nos confrontos com a polícia.

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