O órgão que regula as questões da bioética no Reino Unido anunciou hoje ter dado autorização à criação de embriões híbridos de animais e seres humanos, destinado ao desenvolvimento de terapias para doenças neurodegenarativas.
Após vários meses de consultas, a britânica Autoridade de Fertilização e Embriologia Humana (HFEA) concedeu autorização a dois grupos de cientistas para aplicar esta prática que, segundo os investigadores, pode ajudar a desenvolver tratamentos para curar doenças neurodegenarativas actualmente incuráveis, como o Alzheimer e Parkinson.
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Os investigadores pretendem criar embriões híbridos inserindo células humanas em óvulos de vacas mortas, com o objectivo de conseguir extrair valiosas células embrionárias, e com elas combater doenças neurodegenerativas, assim como graves lesões da espinal-medula.
A criação de embriões híbridos, que combinam ADN de animais e seres humanos, já tinha sido autorizada, na prática, em Setembro passado pelo mesmo organismo, porém a aprovação efectiva desta medida não tinha sido anunciada até agora.
Assim, investigadores britânicos do Kings College de Londres e da Universidade de Newcastle - que tinham solicitado as respectivas licenças em Novembro de 2006 - foram autorizados a injectar DNA humano em óvulos de vacas, de forma a criar embriões híbridos que são 99,9 por cento humanos.
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