Pelo menos 19 pessoas morreram numa emboscada a um comboio militar, no sudeste do Peru, levada a cabo por guerrilheiros do Sendero Luminoso. Há ainda um soldado desaparecido de onze pessoas feridas. Este é um dos ataques mais mortíferos do género nos últimos anos, no país.
Das vítimas, 12 seriam militares e os restantes civis. De acordo com um comunicado do Comando Conjunto das Forças Armadas, citado pela agência EFE, o incidente aconteceu numa estrada perto da localidade de Tintaypunco, na província de Tayacaja, departamento de Huancavelica.
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O ministro da Defesa peruano, Antero Flores Aráoz, disse que entre os onze feridos, três deles encontram-se em estado grave e acusou «os delinquentes narco-terroristas do Sendero Luminoso» da autoria do ataque. A emboscada visou quatro camiões. Um deles transportava vários civis.
Depois de ter sido detonada uma carga de explosivos, os guerrilheiros começaram a disparar contra os veículos.
A zona onde se registou este incidente situa-se no Vale do Rio Apurímac e Ene, conhecida por albergar plantações de folha de coca e produção de cocaína.
Nesta região está implantado o grupo remanescente de guerrilheiros do Sendero Luminoso, que não reconheceram o cessar-fogo decretado, em 1992, pelo fundador do movimento, Abimael Guzmán.
De acordo com a BBC, o exército peruano tem realizado nas últimas semanas operações contra o grupo na região, onde se crê que 300 trabalhem na produção de cocaína.
Nas décadas de 1980 e 1990 o grupo guerrilheiro de inspiração maoísta tentou instaurar um regime comunista no país. Os actos de violência causaram quase 70 mil mortos.
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