Josef Fritzl, o homem que sequestrou a filha durante 24 anos, que violava e com quem teve sete filhos, tinha preparado um dispositivo para que a porta do esconderijo se abrisse sozinha caso lhe acontecesse alguma coisa, noticia o El Mundo.
O jornal espanhol, que cita a revista alemã Brigitte, adiantou ainda que um dos filhos que vivia na casa com o sequestrador tinha a chave do esconderijo, mas esta informação ainda não foi confirmada pela polícia. A ser verdade, poderia indicar que pelo menos um dos filhos saberia o que se passava na cave. Os investigadores do caso afirmam também que alguém da família «tinha que saber o que se passava» e terá sido essa pessoa a fazer a denúncia anónima à polícia.
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A polícia acredita que o homem tencionava há algum tempo acabar com o sequestro e, no final do ano de 2007, obrigou a filha a escrever uma carta em que anunciava que regressaria a casa com os seus filhos.
Polícia investiga contas do sequestrador
A polícia austríaca está a investigar as contas do sequestrador para perceber como é que conseguia, com o seu salário, ser dono de todas as propriedades registadas em seu nome.
Além disso, Josef Fritzl viajou várias vezes à Tailândia em férias, uma vizinha insinua mesmo que o sequestrador procurava turismo sexual. A polícia quer perceber quem alimentava as pessoas sequestradas quando Fritzl estava fora.
Suspeitas de homicídio
A polícia está ainda a averiguar se Fritzl terá alguma coisa a ver com o homicídio de Martina Posch, uma jovem de 17 anos que apareceu morta no lago Mondsee, há 22 anos.
As suspeitas da polícia surgiram ao verificar que a mulher de Fritzl tinha uma casa na margem desse lago.
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«Não sabia de nada»
Rosemerie Fritzl, a mulher sequestrador, garante que «não fazia ideia» do que se passava na cave de casa. No reencontro emocionado com a filha, abraçou-a e pediu-lhe desculpa.
Na Áustria gerou-se um movimento de solidariedade para com as vítimas. Para esta quarta-feira à noite está marcada uma manifestação na cidade de Amstetten, que ainda está chocada com a revelação deste caso.
Para proteger as vítimas da exposição mediática, o Governo austríaco anunciou que qualquer meio de comunicação que publique imagens ou detalhes íntimos sobre as pessoas em causa, pagará uma multa que pode chegar aos 20 mil euros.
Entretanto, as vítimas continuam internadas no hospital e Josef Fritzl está detido numa cela vigiada para evitar que se suicide.
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